Ministério Público abre inquérito ao abate de animais na Herdade da Torre Bela

Ministério Público abre inquérito ao abate de animais na Herdade da Torre Bela


Foram abatidos 540 animais na propriedade. 


O Ministério Público anunciou, esta segunda-feira, a abertura de um inquérito-crime à montaria na Herdade da Torre Bela, no concelho da Azambuja, onde foram abatidos 540 animais.  "Relativamente à matéria em questão, confirma-se a instauração de um inquérito que corre termos no Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa Norte (Alenquer)", informou fonte da Procuradoria-Geral da República (PGR) através de um e-mail, citado pela TVI24.

O Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) juntamente com o Ministério do Ambiente e Ação Climática, reportou o caso ao Ministério Público. Numa nota enviada às redações, o Ministério do Ambiente indica que no processo de averiguação da situação “foram recolhidos fortes indícios de prática de crime contra a preservação da fauna”.

O ICNF disse que não teve conhecimento prévio da organização da montaria, "que teve lugar numa zona de caça concessionada como Zona de Caça Turística (ZTC) de Torre Bela à Sociedade Agrícola da Quinta da Visitação, SAG, Lda", e acabou por suspender a licença da Zona de Caça da Torre Bela A. 

A Herdade da Torre Bela também já veio a público descartar qualquer envolvimento com o abate dos veados e javalis e disse mesmo que estava a ponderar recorrer à Justiça devido ao impacto negativo da caçada na propriedade. 

Também o ministro do Ambiente já disse que poderá vir a ser realizada uma revisão da Lei da Caça, designadamente no que diz respeito às montarias, e suspendeu de imediato a avaliação de impacte ambiental do projeto das centrais fotovoltaicas para a Quinta da Torre Bela.