Chama-se Miracle Mineral Solution (MMS) mas, na realidade, é feito de dióxido de cloro, um composto usado, por exemplo, no tratamento de águas. Está à venda em Portugal e quem o comercializa diz ser indicado para as mais diversas doenças: desde autismo a VIH, passando pela covid-19. O MMS não está certificado como um medicamento pelo Infarmed nem como um biocida pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária. Não é recomendado pelas autoridades de saúde, mas a sua venda também não é proibida, embora possa causar irritações na pele e queimaduras no estômago.
Em Espanha, só entre abril e junho deste ano foram detetados 26 casos de intoxicação por MMS. Em Portugal, o Infarmed desaconselha o seu uso, considerando tratar-se de “uma lixívia”. Porém, precisamente por se tratar de uma lixívia, a autoridade nacional do medicamento diz que este composto não está sob a sua alçada.
Face a este vazio de jurisdição, o MMS continua a ser receitado por escolas que dão formação em medicinas complementares. Uma delas é a Biosymbiosis – Instituto de Medicina Natural, no Porto. Luís Basto, osteopata e formador nesta instituição, acredita que “o dióxido de cloro é um bocado o menino feio da medicina”.
O dióxido de cloro e as suas propriedades “mágicas” A substância promete matar todos os patogénicos do organismo humano e sem causar nenhum problema.
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