O projeto do hidrogénio verde tem vindo a ser apresentado ao país como a nova galinha dos ovos de ouro. A tecnologia escolhida pelo Governo para a transição para uma economia descarbonizada é encarada sobretudo como um negócio milionário para Portugal.
A denominada Estratégia Nacional para o Hidrogénio (EN-H2), já aprovada em Conselho de Ministros, prevê que o país possa beneficiar da sua localização geográfica (e das suas horas de sol) para se tornar uma referência na produção, consumo e exportação de hidrogénio verde. O objetivo passa por alimentar o país, mas também o Norte industrializado da Europa (os Países Baixos e a região do Vale do Ruhr, na Alemanha), por via marítima.
Mas, para tal, o Governo vai adiantando que é necessário “criar as bases para estimular a procura, e não simplesmente aguardar que esta ocorra”. Ou seja, é preciso investir nas infraestruturas para produzir e, depois, vender. E é precisamente neste ponto que as opiniões divergem, pois esta tecnologia – dependente de fontes de energia renováveis (a energia solar fotovoltaica e a eólica) – tem custos de produção ainda muito elevados. E ainda ninguém percebeu, até ao momento, que fatia caberá a Bruxelas, ao Estado português e aos privados. Nem quem ganhará mais com tudo isto.
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