Que Exército para Portugal?


O Ministério da Defesa devia contratar sociólogos para laborarem um plano de ação de resposta à crise de recursos humanos que se vive nas Forças Armadas


O Chefe do Exército, General Nunes da Fonseca, foi ao Parlamento alertar que tem apenas metade dos soldados que deveria ter.

Ainda assim, disse que não descura as missões.

Não sabemos se o Ministério da Defesa tem ao seu serviço sociólogos, mas se não tem, devia de facto contratar dois ou três para laborarem um plano de ação de resposta à crise de recursos humanos que se vive nas Forças Armadas e, particularmente no Exército. A nosso ver, ao Chefe do Exército, não lhe compete discernir sobre como recrutar cidadãos para as suas fileiras. Essa função incumbe ao Ministério da Defesa.

É necessário um estudo sociopolítico do Estado da Nação, um detalhe, aprofundado, sobre o ‘Conceito Estratégico para a Defesa Nacional’ que, como é sabido, só pode ser elaborado depois de uma análise à situação sociopolítica da Nação, levando em linha de conta a estabilidade política, social e económica do país, para além da conjuntura internacional e, particularmente, o nosso vizinho Espanha, com cerca de 47 milhões de cidadãos. A questão mais delicada, hoje em dia no mundo, é a Educação que os Estados-Nação, soberanos, têm que ministrar aos seus cidadãos.

Esta é que é a chave para todas as questões que vão condicionar todas as outras opções, e que, inclusive, irá determinar o tipo de regime político para o Portugal do futuro.

Se partirmos do princípio, auspicioso, que teremos um regime de democracia, tipo Ocidental, então teremos de perceber que não é possível haver duas, ou várias interpretações para o conceito de democracia. É preciso afirmar, claramente, sem qualquer hesitação que partidos políticos totalitários, como o PCP ou o Bloco de Esquerda, não são, nunca foram nem podem ser democráticos, visto que o que eles pretendem é escorraçar todos os outros partidos para implantarem uma ditadura do Proletariado, ou seja, um regime antidemocrático, de partido único, ditatorial.

Se isto pode ofender, escandalizar e insultar alguém, então a culpa é do Governo atual, que permite que, nas universidades de Ciência Política, do Estado, e não só, se ensine o que acabou de ser dito, e ainda no Parlamento, que seja afirmado, por essas forças de esquerda, que são democratas e patriotas. Isso é que é inaceitável, deseducativo e revela um comportamento dúbio, impróprio de um político democrata, governante e condutor do povo.

Isto é desinformação intencional e pública, para já não dizer que é pactuar com uma mentira pública. Será que um aluno de Ciência Política que escreva isso num exame, na sua universidade, terá nota positiva?

Concluímos dizendo que o Ministério da Defesa depende, para recrutar mancebos, totalmente do Ministério da Educação, por que é este que formará e ‘moldará’ o futuro cidadão que deverá cumprir um serviço cívico, nas Forças Armadas, para os dois sexos.

Isto deverá ocorrer entre os 18 e os 21 anos de idade, e é curioso que em países não democráticos é exatamente aquilo que acontece.

Então qual a razão da não articulação entre ministérios? E pior que isso, qual a razão de nem sequer pensarem nisso?!?

Então contratem lá uns sociólogos para ajudarem os chefes dos ramos a poderem ter uma solução para a falta de recursos humanos. Bom Dia.

 

Sociólogo
Escreve quinzenalmente