O perigo da pós-pandemia


Tentar facilitar a vida aos ‘inimigos’ da Democracia, além de desonestidade, é faltar ao prometido em relação ao desempenho de funções, com lealdade.


O perigo da pós-pandemia é o ‘vazio’ que se vai criar através da pressa e vontade de mudança, já que tudo vai mudar, radicalmente, e ninguém está preparado par uma adaptação, tão rápida e profunda. É que o Portugal pós ‘25 de Abril’, nunca cultivou um Regime que privilegiasse a meritocracia, ao contrário do regime de ‘33’, que tinha ministros espantosamente cultos e inteligentes, além de patriotas.

Tivemos vários Professores, antigos ministros de Salazar, nos anos 60, e era impressionante, ‘A Teoria do Conhecimento’, dada num fim de semana, por um ex-ministro da Saúde de Salazar, tal a vastidão e profundidade, quer da Cultura/Conhecimento, quer do Pensamento. Era a cadeira de Direito Internacional. Ninguém faltava a uma aula, pois era tão gratificante e arrebatador, que passados quase 50 anos ainda hoje nos sentimos insignificantes quando comparados com essas personalidades. E já era a nossa terceira licenciatura. Hoje, não é assim.

Há um Ministério, cujo ministro tem 37 assessores… Dantes, eram só dois ou três, esta é  uma diferença abissal.

Esta situação significa, ao mesmo tempo, uma enorme fragilidade do regime democrático que se deixou contaminar pela ‘cunha’, pelo ‘amiguismo’, por certos ‘clubes’, por grupos especiais, etc., etc., mas não pelo Mérito, pela Honestidade e pelo Patriotismo. O Regime está fragilizado e corre o risco da sua implosão já que, mesmo aqueles que podiam ajudar, estão desmotivados e preferem a Passividade, como vingança pela afronta sofrida, de, anos a fio, a serem desconsiderados.

A única solução, urgente e inteligente, é o Governo salvar a Comunicação Social, como única forma de salvar o Regime Democrático. De outra forma teremos a pré-anarquia, que, no dizer de Gramsci, se caracteriza por uma multiplicidade de autoridades, em que todos mandam e no fundo ninguém manda. Morreu tuberculoso, mas dizia uma coisa espantosa que muito apreciamos: ‘’Só a Verdade é Revolucionária”.

A nosso ver, António Costa, que é hábil, já identificou os escolhos a retirar do caminho e sabe que, de momento, o maior perigo para a Democracia é permitir que os órgãos de comunicação social, especialmente Jornais, percam a sua independência, e que, inclusive, vão à falência e, quiçá, à Insolvência!. Aí é o fim da nossa democracia e também do atual regime político.

Tentar facilitar a vida aos ‘inimigos’ da Democracia, além de desonestidade, é faltar ao prometido em relação ao desempenho de funções, com lealdade.

Acreditamos que só a união, através de um propósito motivador e a condução de uma Política Inteligente, conduzida pelo atual primeiro-ministro, poderão, na presente e futura conjuntura, evitar que Portugal se ‘desoriente’ e tenha a sua própria ‘pandemia política’. A única ideia agregadora possível é a Ideia de Nação que aprendemos com Renan, ou seja, “um conjunto de pessoas com um passado comum, com um presente comum e com aspirações comuns para o futuro”, ou como acrescentou Malraux, ‘’com sonhos comuns para o futuro”. E nesse nosso ‘sonho’ está António Costa como timoneiro de serviço, que poderá salvar Portugal, salvaguardando a Imprensa Livre e salvando a Democracia, das garras dos antidemocratas que já deram sobejas provas daquilo que desejam para dar satisfação às suas ambições pessoais.

É urgente perceber o momento atual e levar a ameaça muito a sério.

Sociólogo
Escreve quinzenalmente


O perigo da pós-pandemia


Tentar facilitar a vida aos ‘inimigos’ da Democracia, além de desonestidade, é faltar ao prometido em relação ao desempenho de funções, com lealdade.


O perigo da pós-pandemia é o ‘vazio’ que se vai criar através da pressa e vontade de mudança, já que tudo vai mudar, radicalmente, e ninguém está preparado par uma adaptação, tão rápida e profunda. É que o Portugal pós ‘25 de Abril’, nunca cultivou um Regime que privilegiasse a meritocracia, ao contrário do regime de ‘33’, que tinha ministros espantosamente cultos e inteligentes, além de patriotas.

Tivemos vários Professores, antigos ministros de Salazar, nos anos 60, e era impressionante, ‘A Teoria do Conhecimento’, dada num fim de semana, por um ex-ministro da Saúde de Salazar, tal a vastidão e profundidade, quer da Cultura/Conhecimento, quer do Pensamento. Era a cadeira de Direito Internacional. Ninguém faltava a uma aula, pois era tão gratificante e arrebatador, que passados quase 50 anos ainda hoje nos sentimos insignificantes quando comparados com essas personalidades. E já era a nossa terceira licenciatura. Hoje, não é assim.

Há um Ministério, cujo ministro tem 37 assessores… Dantes, eram só dois ou três, esta é  uma diferença abissal.

Esta situação significa, ao mesmo tempo, uma enorme fragilidade do regime democrático que se deixou contaminar pela ‘cunha’, pelo ‘amiguismo’, por certos ‘clubes’, por grupos especiais, etc., etc., mas não pelo Mérito, pela Honestidade e pelo Patriotismo. O Regime está fragilizado e corre o risco da sua implosão já que, mesmo aqueles que podiam ajudar, estão desmotivados e preferem a Passividade, como vingança pela afronta sofrida, de, anos a fio, a serem desconsiderados.

A única solução, urgente e inteligente, é o Governo salvar a Comunicação Social, como única forma de salvar o Regime Democrático. De outra forma teremos a pré-anarquia, que, no dizer de Gramsci, se caracteriza por uma multiplicidade de autoridades, em que todos mandam e no fundo ninguém manda. Morreu tuberculoso, mas dizia uma coisa espantosa que muito apreciamos: ‘’Só a Verdade é Revolucionária”.

A nosso ver, António Costa, que é hábil, já identificou os escolhos a retirar do caminho e sabe que, de momento, o maior perigo para a Democracia é permitir que os órgãos de comunicação social, especialmente Jornais, percam a sua independência, e que, inclusive, vão à falência e, quiçá, à Insolvência!. Aí é o fim da nossa democracia e também do atual regime político.

Tentar facilitar a vida aos ‘inimigos’ da Democracia, além de desonestidade, é faltar ao prometido em relação ao desempenho de funções, com lealdade.

Acreditamos que só a união, através de um propósito motivador e a condução de uma Política Inteligente, conduzida pelo atual primeiro-ministro, poderão, na presente e futura conjuntura, evitar que Portugal se ‘desoriente’ e tenha a sua própria ‘pandemia política’. A única ideia agregadora possível é a Ideia de Nação que aprendemos com Renan, ou seja, “um conjunto de pessoas com um passado comum, com um presente comum e com aspirações comuns para o futuro”, ou como acrescentou Malraux, ‘’com sonhos comuns para o futuro”. E nesse nosso ‘sonho’ está António Costa como timoneiro de serviço, que poderá salvar Portugal, salvaguardando a Imprensa Livre e salvando a Democracia, das garras dos antidemocratas que já deram sobejas provas daquilo que desejam para dar satisfação às suas ambições pessoais.

É urgente perceber o momento atual e levar a ameaça muito a sério.

Sociólogo
Escreve quinzenalmente