Os julgamentos populares do BE e do Livre


Foi por isso muito estranho, ou talvez não, ver o Bloco de Esquerda e o Livre a vociferarem contra o racismo quando se soube da morte de um jovem que foi agredido em Bragança no dia 21 de dezembro e que morreu dez dias depois, num hospital no Porto. 


Todos os dias, pessoas são agredidas na noite portuguesa, até porque não beberam leite, e com o álcool ou são mais “metediças” ou têm menos capacidade de fugir das confusões. Esta é uma verdade de hoje e de sempre. Quando os desacatos atingem um determinado nível, a comunicação social da especialidade dá conta da ocorrência, utilizando uma linguagem policial. Só quando há mortes é que todos os outros meios jornalísticos se ocupam do assunto.

Foi por isso muito estranho, ou talvez não, ver o Bloco de Esquerda e o Livre a vociferarem contra o racismo quando se soube da morte de um jovem que foi agredido em Bragança no dia 21 de dezembro e que morreu dez dias depois, num hospital no Porto. Como é evidente, a notícia de uma agressão não merece destaque nacional a não ser que a mesma seja grave. Acontece que os bombeiros que foram socorrer o jovem agredido foram alertados para um homem, possivelmente alcoolizado, que estava caído na via pública. Infelizmente, não era o caso, e Luís Rodrigues, estudante de Design de Jogos Digitais no Instituto Politécnico de Bragança (IPB), afinal tinha ferimentos graves que acabariam por se tornar fatais. E foi aí, como é evidente, que toda a comunicação social despertou para a história.

Dá-se o caso de Luís Rodrigues ser um dos cerca de 1200 estudantes cabo-verdianos que decidiram deixar a sua terra para ir estudar para o IPB, a muitos quilómetros de casa.

Mas o BE e o Livre, à semelhança do inenarrável Mamadou Ba, do SOS Racismo, decidiram que uma agressão selvática de uns energúmenos tinha contornos racistas e fizeram mais pelo racismo que muitos skinheads. Segundo a Polícia Judiciária e os testemunhos recolhidos pelos diferentes meios de comunicação social, tratou-se de uma agressão “corriqueira” na noite e que, infelizmente, acabou muito mal. Ninguém fala em agressão racista e, até ver, é isso mesmo. Cabe agora às autoridades policiais encontrarem os culpados e levá-los à barra do tribunal. É óbvio que se se provar que o crime teve contornos racistas, a pena será mais pesada, com justiça. Mas ficaria bem ao BE, ao Livre e ao SOS Racismo terem mais cuidado nos julgamentos populares que executam.


Os julgamentos populares do BE e do Livre


Foi por isso muito estranho, ou talvez não, ver o Bloco de Esquerda e o Livre a vociferarem contra o racismo quando se soube da morte de um jovem que foi agredido em Bragança no dia 21 de dezembro e que morreu dez dias depois, num hospital no Porto. 


Todos os dias, pessoas são agredidas na noite portuguesa, até porque não beberam leite, e com o álcool ou são mais “metediças” ou têm menos capacidade de fugir das confusões. Esta é uma verdade de hoje e de sempre. Quando os desacatos atingem um determinado nível, a comunicação social da especialidade dá conta da ocorrência, utilizando uma linguagem policial. Só quando há mortes é que todos os outros meios jornalísticos se ocupam do assunto.

Foi por isso muito estranho, ou talvez não, ver o Bloco de Esquerda e o Livre a vociferarem contra o racismo quando se soube da morte de um jovem que foi agredido em Bragança no dia 21 de dezembro e que morreu dez dias depois, num hospital no Porto. Como é evidente, a notícia de uma agressão não merece destaque nacional a não ser que a mesma seja grave. Acontece que os bombeiros que foram socorrer o jovem agredido foram alertados para um homem, possivelmente alcoolizado, que estava caído na via pública. Infelizmente, não era o caso, e Luís Rodrigues, estudante de Design de Jogos Digitais no Instituto Politécnico de Bragança (IPB), afinal tinha ferimentos graves que acabariam por se tornar fatais. E foi aí, como é evidente, que toda a comunicação social despertou para a história.

Dá-se o caso de Luís Rodrigues ser um dos cerca de 1200 estudantes cabo-verdianos que decidiram deixar a sua terra para ir estudar para o IPB, a muitos quilómetros de casa.

Mas o BE e o Livre, à semelhança do inenarrável Mamadou Ba, do SOS Racismo, decidiram que uma agressão selvática de uns energúmenos tinha contornos racistas e fizeram mais pelo racismo que muitos skinheads. Segundo a Polícia Judiciária e os testemunhos recolhidos pelos diferentes meios de comunicação social, tratou-se de uma agressão “corriqueira” na noite e que, infelizmente, acabou muito mal. Ninguém fala em agressão racista e, até ver, é isso mesmo. Cabe agora às autoridades policiais encontrarem os culpados e levá-los à barra do tribunal. É óbvio que se se provar que o crime teve contornos racistas, a pena será mais pesada, com justiça. Mas ficaria bem ao BE, ao Livre e ao SOS Racismo terem mais cuidado nos julgamentos populares que executam.