Irão dos terroristas aiatolas: os malucos do (pouco) riso – perguntem ao Diogo Faro!


Mesmo quando o terror dos aiatolas é disseminado pelas ruas de Teerão, de Beirute, de Paris, de Nice ou de Berlim, os nossos compatriotas esquerdistas fecham os olhos e não repudiam o seu fetiche pelos terroristas islâmicos radicais, nascidos e inspirados pelas elites de poder do atual regime iraniano.


1. Há momentos na vida em que a realidade supera a mais criativa ficção. Há episódios que sucedem, obra do acaso e do destino, que nos obrigam – a todos – a confrontar as nossas convicções e ideologias políticas com os factos: por vezes, a realidade é mesmo a mais cruelmente elucidativa das lições. O maior revelador de incoerências. Pense-se no caso particular do BE: por um lado, defendem acerrimamente uma agenda de transformação social, de libertação total do indivíduo (dizem eles!) contra todos os poderes sociais instalados; no entanto, no plano internacional, o BE é o mais convicto aliado dos regimes mais bárbaros e assassinos que podemos encontrar à face do globo. Se, no plano interno, o BE gosta de exibir a sua tolerância fingida, já no plano internacional, o mesmo BE não se coíbe de expor (genuinamente) toda a sua intolerância real. Não admira, pois, como nós temos vindo a assinalar, que os bloquistas sejam os aliados prediletos do regime bárbaro – a mais fiel réplica do iii Reich hitleriano – dos aiatolas iranianos.

2. Mesmo quando o terror dos aiatolas é disseminado pelas ruas de Teerão, de Beirute, de Paris, de Nice ou de Berlim, os nossos compatriotas esquerdistas fecham os olhos e não repudiam o seu fetiche pelos terroristas islâmicos radicais, nascidos e inspirados pelas elites de poder do atual regime iraniano. No discurso, os nossos esquerdistas tentam, com argumentos espúrios (e alguns francamente patéticos), explicar-nos as maravilhas das ditaduras islâmicas, da justeza e legitimação moral do terrorismo que vão espalhando pelo mundo fora; a verdade, no entanto, é que, infelizmente, alguns dos nossos compatriotas deixam-se encantar por este canto de sereia, vendido por uma máquina de propaganda implacável que estes esquerdistas portugueses radicais montaram. O problema é que a teoria encantada e inventada dos esquerdistas radicais portugueses só sobrevive até ao momento em que se confronta com a realidade; os factos – sempre eles – logo tratam de revelar que as fadas dos contos dos esquerdistas portugueses (e europeus) são, na verdade, autênticas bruxas. Os seus heróis são os nossos – da humanidade! – vilões. E o radicalismo fanático de terroristas, como os aiatolas iranianos e suas filiais, não se projeta apenas nas relações diplomáticas entre Estados: pelo contrário, manifesta-se na vida concreta de todos nós. Que o diga o humorista Diogo Faro.

3. Desconhecemos se Diogo Faro é esquerdista ou direitista: sabemos (o que é suficiente) que Diogo Faro se move por causas políticas justas e que merecem a nossa concordância (a igualdade e o combate à violência e à discriminação), e não por causas partidárias. Realcemos, no entanto, que muito gostam certos humoristas de parodiar Israel, de acusar Israel de apartheid: há poucos dias, um canal de humor português satirizou a democracia israelita e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em termos que excedem claramente a civilidade na discussão política pluralista e aberta. No entanto, esqueceram-se de demonstrar a sua solidariedade com o seu colega Diogo Faro, humorista português que foi impedido de entrar no Irão… apenas porque é comediante! Ou seja: o paraíso na Terra para os esquerdistas portugueses, esse “farol de liberdade” anti-imperialista que é o Irão dos aiatolas, impediu um cidadão português de entrar no seu país apenas pela circunstância de ser… comediante! Portanto, para o bárbaro e assassino regime iraniano, a arte de fazer rir é um perigo público. Rir, para os terroristas islâmicos radicais, é demasiado perigoso. Jerry Seinfeld eternizou o “nazi das sopas”; ora, os aiatolas são os “nazis do riso”. Talvez seja esse o problema dos terroristas do regime iraniano: pouco riso, pouco siso…

4. A deportação de Diogo Faro – como manifestação da intolerância e do desprezo do regime iraniano pela liberdade – deveria concitar uma indignação geral dos humoristas portuguesas e da nossa intelectualidade. Essa mesma intelectualidade que passa horas e horas a apelidar Trump de “bárbaro”, de “ameaça à democracia”, que viu na reeleição de Netanyahu o fim da democracia israelita (o que, já por si só, é uma incongruência curiosa: é que mesmo antes da reeleição já diziam que Israel era um regime de apartheid, e não uma democracia…), ficou caladinha perante mais uma demonstração do ódio que os terroristas islâmicos radicais de Teerão têm por nós… Imaginem que Israel impedia a entrada de um humorista português, por qualquer razão, no seu território? Ui, seria tema de discussão interminável, primeiras capas de jornais, logo objeto de uma resolução parlamentar de condenação, da autoria do BE, do PCP e da maioria do PS! Como foi o Irão dos aiatolas – o império do mal que, silenciosamente, nos ameaça dia após dia –, nada se passa. Está tudo bem: um cidadão português foi impedido de entrar, aparentemente fechado numa sala, apenas por ser comediante… e a nossa elite assobia para o lado. O Governo português – da esquerda que se diz tão progressista e tão amiga da cultura! – ficou caladinho. Ignorou. Os nossos jornalistas trataram o assunto – porque é do Irão dos aiatolas – como um fait divers… Acaso fôssemos primeiro–ministro ou ministro dos Negócios Estrangeiros, poderão ter a certeza de que o embaixador do Irão teria de prestar explicações sobre a recusa de entrada e o tratamento que foi dado no aeroporto ao Diogo Faro, a qualquer comediante, artista ou cidadão português pelas autoridades do seu país.

5. Resta-nos sugerir agora que o Diogo Faro – para compensar as férias perdidas – visite Israel, até porque já dispõe de voos diretos a partir de Lisboa. E, temos a certeza, será muito bem recebido em Israel pelo seu talento como humorista, pelo seu ativismo em prol da igualdade e da não discriminação de género ou de orientação sexual. Por coincidência, na semana passada entrou em vigor o acordo entre Portugal e Israel em matéria de produção cinematográfica, que irá aproximar os homens e mulheres da cultura dos dois povos amigos e com uma história tão rica em comum, alicerçada na resiliência, no heroísmo, na tradição e na vitória, apesar de todas as adversidades. Será uma oportunidade única para os nossos agentes culturais, só possível graças ao talento e génio do embaixador Raphael Gamzou e do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, bem como à competência (há que reconhecê-lo sem pruridos) do ministro Augusto Santos Silva. Uns preferem ostracizar, perseguir, condenar e deportar os protagonistas cimeiros da cultura – o Irão dos aiatolas –, outros preferem promover o desenvolvimento espiritual e cultural do seu povo, aproximar culturas, fazendo cultura, sempre recebendo bem em sua casa os agentes culturais – é o caso de Israel. O povo de Israel sabe muito bem que não se deporta a arte de ser feliz. Apelamos, pois, a que a esquerda não se transforme nos aiatolas do (bom) humor…

 

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