Chamam a isto debates?


Os que ousam fugir aos lugares-comuns e desafiar o politicamente correto são aves raras em vias de extinção, uns tipos esquisitos que dizem umas maluqueiras.


Ouvindo a esmagadora maioria de programas de debate na televisão ou na rádio, ficamos com a sensação de que, no que respeita à diversidade de opinião, o nosso país é de uma pobreza franciscana. Em temas mais delicados, os comentadores dizem quase todos a mesma coisa com ligeiríssimas variações, sejam eles mais de esquerda ou mais de direita. Os que ousam fugir aos lugares-comuns e desafiar o politicamente correto são aves raras em vias de extinção, uns tipos esquisitos que dizem umas maluqueiras.

Tomemos como exemplo um debate sobre um Trump, um Bolsonaro ou uma Le Pen. Quem ousa defendê-los? A barragem de críticas e insultos é tão forte e tão densa que qualquer um que pensasse ir por uma direção diferente se verá constrangido a bater em retirada.

Hoje, a cobertura de uma campanha ou a transmissão de uma noite eleitoral como a das recentes presidenciais brasileiras é uma rampa inclinada, em que todos puxam para o mesmo lado. E os jornalistas, que deveriam primar pela isenção, não se coíbem também eles de manifestar os seus estados de alma ou até de fazer piadas, com um sorriso condescendente, sobre um candidato de que não gostam.

Ora, se há um assunto que está a ser discutido, queremos saber os argumentos de um e do outro lado. Para que, com honestidade intelectual, pesados os prós e contras de cada posição, possamos formar uma opinião fundamentada.

Disse o pastor metodista norte-americano Ralph Washington Sockman que “quando estamos em minoria mostramos a nossa coragem, quando estamos em maioria a nossa tolerância”. Uma e outra são cada vez mais raras entre os opinadores. 

Recentemente houve, porém, uma figura pública que teve a coragem e a frontalidade de dizer que teria votado em Bolsonaro.

Quem foi? Jaime Nogueira Pinto, pois claro, o mesmo que há uns tempos impediram de falar numa palestra sobre Brexit, Trump e Le Pen. E o fascista é ele…


Chamam a isto debates?


Os que ousam fugir aos lugares-comuns e desafiar o politicamente correto são aves raras em vias de extinção, uns tipos esquisitos que dizem umas maluqueiras.


Ouvindo a esmagadora maioria de programas de debate na televisão ou na rádio, ficamos com a sensação de que, no que respeita à diversidade de opinião, o nosso país é de uma pobreza franciscana. Em temas mais delicados, os comentadores dizem quase todos a mesma coisa com ligeiríssimas variações, sejam eles mais de esquerda ou mais de direita. Os que ousam fugir aos lugares-comuns e desafiar o politicamente correto são aves raras em vias de extinção, uns tipos esquisitos que dizem umas maluqueiras.

Tomemos como exemplo um debate sobre um Trump, um Bolsonaro ou uma Le Pen. Quem ousa defendê-los? A barragem de críticas e insultos é tão forte e tão densa que qualquer um que pensasse ir por uma direção diferente se verá constrangido a bater em retirada.

Hoje, a cobertura de uma campanha ou a transmissão de uma noite eleitoral como a das recentes presidenciais brasileiras é uma rampa inclinada, em que todos puxam para o mesmo lado. E os jornalistas, que deveriam primar pela isenção, não se coíbem também eles de manifestar os seus estados de alma ou até de fazer piadas, com um sorriso condescendente, sobre um candidato de que não gostam.

Ora, se há um assunto que está a ser discutido, queremos saber os argumentos de um e do outro lado. Para que, com honestidade intelectual, pesados os prós e contras de cada posição, possamos formar uma opinião fundamentada.

Disse o pastor metodista norte-americano Ralph Washington Sockman que “quando estamos em minoria mostramos a nossa coragem, quando estamos em maioria a nossa tolerância”. Uma e outra são cada vez mais raras entre os opinadores. 

Recentemente houve, porém, uma figura pública que teve a coragem e a frontalidade de dizer que teria votado em Bolsonaro.

Quem foi? Jaime Nogueira Pinto, pois claro, o mesmo que há uns tempos impediram de falar numa palestra sobre Brexit, Trump e Le Pen. E o fascista é ele…