Diretor da PJ Militar detido em Lisboa

Diretor da PJ Militar detido em Lisboa


A detenção está relacionada com a recuperação de material do furto de Tancos. Foram emitidos oito mandados de detenção. Um dos suspeitos pode ser o autor do roubo em junho de 2017.


O diretor da Policia Judiciária Militar, Coronel Luís Augusto Vieira, foi detido, na sede da PJ Militar, no Restelo, em Lisboa.

Na origem da detenção está o processo de furto e recuperação de armas em Tancos, tendo a Procuradoria-Geral da República esclarecido que estão a ser  investigadas "as circunstâncias em que ocorreu o aparecimento em 18 de outubro de 2017, na região da Chamusca, de material de guerra furtado em Tancos".

A Procuradoria-Geral da República esclareceu ainda que "entre os detidos estão militares da Polícia Judiciária Militar e da Guarda Nacional Republicana", num processo que envolveu buscas "nas zonas da Grande Lisboa, Algarve, Porto e Santarém". Foram emitidos oito mandados de detenção no âmbito de um processo conexo ao caso do roubo de Tancos, tendo cinco sido já detidos. 

Sublinhe-se que na altura a recuperação das armas foi conseguida com a colaboração do núcleo de investigação criminal da GNR de Loulé, cujo comandante do núcleo de investigação do quartel foi agora detido. A detenção foi feita em casa.

A Procuradoria esclareceu que na base deste inquérito estão "factos suscetíveis de integrarem crimes de associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, favorecimento pessoal praticado por funcionário, abuso de poder, recetação, detenção de arma proibida e tráfico de armas".

O processo de detenção do diretor da Polícia Judiciária Militar obrigou as autoridades a requisitarem  a detenção "aos seus superiores hierárquicos, procedimento que foi seguido", acrescentou a PGR em comunicado oficial.

Na operação estão envolvidos cinco magistrados e 100 investigadores da Polícia Judiciária.

(Notícia atualizada às 17h10)