O Tejo tem de ser salvo mas os postos de trabalho também


A importância do rio Tejo é inquestionável para a vida dos portugueses, que bebem e pescam das suas águas. 


Sendo o principal rio que corre em Portugal, seria de prever que as autoridades ambientais estivessem em cima do acontecimento e não permitissem os abusos sucessivos que ocorreram nos últimos anos. Segundo os últimos dados da Inspeção-Geral da Agricultura do Mar, do Ambiente e do Território, só no ano passado foram passadas 115 autuações por crimes ambientais.

Mas a história que passou a ser conhecida da população em geral a partir de 24 de janeiro, altura em que parte do rio passou a ter uma cor branca, resultante das descargas de empresas da região mais afetada, na zona de Abrantes, foi denunciada muito antes por um homem que ficou conhecido como o “Guardião do Tejo”, guarda prisional de profissão. 
Arlindo Marques filmava as descargas que poluíam o Tejo e, à conta disso, viu a empresa Celtejo pôr-lhe uma ação em tribunal exigindo 250 mil euros por difamação. Acontece que o “Guardião” começou a ver a sua história de vida, que tem rabos de palha, ser questionada nas redes sociais, querendo os detratores com isso desvalorizar as suas denúncias. Mas, a 24 de janeiro, Arlindo Marques teve uma pequena vitória quando todos puderam constatar o que dizia, já que nessa altura se tornou mais visível.

O que andaram a fazer durante tanto tempo as autoridades responsáveis é um mistério. Mas ninguém de bom senso quer o fecho das celuloses da região, já que estascriam empregos e riqueza para o país. Só que isso não pode pôr em causa a saúde da principal fonte da capital e o sustento de muitos pescadores. A Celtejo e as outras empresas que fazem descargas para o rio devem conseguir introduzir alterações nos seus sistemas de produção que permitam o fim da poluição do Tejo. Afinal, os mais velhos lembram-se bem de como era o Trancão antes da Expo-98 e o que é hoje. Esse tem de ser o caminho: conseguir conjugar riqueza com o ambiente.


O Tejo tem de ser salvo mas os postos de trabalho também


A importância do rio Tejo é inquestionável para a vida dos portugueses, que bebem e pescam das suas águas. 


Sendo o principal rio que corre em Portugal, seria de prever que as autoridades ambientais estivessem em cima do acontecimento e não permitissem os abusos sucessivos que ocorreram nos últimos anos. Segundo os últimos dados da Inspeção-Geral da Agricultura do Mar, do Ambiente e do Território, só no ano passado foram passadas 115 autuações por crimes ambientais.

Mas a história que passou a ser conhecida da população em geral a partir de 24 de janeiro, altura em que parte do rio passou a ter uma cor branca, resultante das descargas de empresas da região mais afetada, na zona de Abrantes, foi denunciada muito antes por um homem que ficou conhecido como o “Guardião do Tejo”, guarda prisional de profissão. 
Arlindo Marques filmava as descargas que poluíam o Tejo e, à conta disso, viu a empresa Celtejo pôr-lhe uma ação em tribunal exigindo 250 mil euros por difamação. Acontece que o “Guardião” começou a ver a sua história de vida, que tem rabos de palha, ser questionada nas redes sociais, querendo os detratores com isso desvalorizar as suas denúncias. Mas, a 24 de janeiro, Arlindo Marques teve uma pequena vitória quando todos puderam constatar o que dizia, já que nessa altura se tornou mais visível.

O que andaram a fazer durante tanto tempo as autoridades responsáveis é um mistério. Mas ninguém de bom senso quer o fecho das celuloses da região, já que estascriam empregos e riqueza para o país. Só que isso não pode pôr em causa a saúde da principal fonte da capital e o sustento de muitos pescadores. A Celtejo e as outras empresas que fazem descargas para o rio devem conseguir introduzir alterações nos seus sistemas de produção que permitam o fim da poluição do Tejo. Afinal, os mais velhos lembram-se bem de como era o Trancão antes da Expo-98 e o que é hoje. Esse tem de ser o caminho: conseguir conjugar riqueza com o ambiente.