Medina contrata fotógrafo por 10 mil euros por evento

Medina contrata fotógrafo por 10 mil euros por evento


Ao todo, o fotógrafo vai receber mais de 70 mil euros. Dinheiro sai dos cofres da Câmara Municipal de Lisboa


A Câmara Municipal de Lisboa contratou um fotógrafo por quase 72 mil euros para fotografar Fernando Medina em sete eventos públicos.

Luís Filipe Catarino receberá mais de 10 mil euros por evento, refere o contrato assinado em novembro do ano passado. Este diz respeito à “prestação de serviços de fotografia, para acompanhar as actividades da presidência da edilidade lisboeta, em eventos específicos”. Uma das atividades foi o espetáculo de fim de ano 2017-2018.

O fotógrafo foi contratado para trabalhar noutros seis eventos: o Festival Eurovisão da Canção, a primeira e a segunda edição deste ano da Moda Lisboa, a última edição da Volvo Ocean Race, a Volta a Portugal em Bicicleta e ainda o evento “Lisboa- Capital Europeia do Desporto – 2021”.

O contrato termina em junho do próximo ano.

Catarino receberá 71.923,00 euros ao todo, acrescidos de IVA, "em prestações mensais e sucessivas de igual valor, no montante €3.752,50". O valor total será repartido em três fases: em 2017, o fotógrafo recebeu 8.130,50 euros; este ano serão pagos 45.030,00 euros e em 2019 18.762,50 euros.

Luís Filipe Catarino foi fotógrafo oficial de Aníbal Cavaco Silva enquanto este foi Presidente da República, entre 2006 e 2016.

A Câmara Municipal de Lisboa já reagiu à notícia através de um comunicado publicado no Facebook. A CML diz que a informação "é falsa". "Os serviços referidos foram contratados de acordo com o que está tabelado para a contratação de serviços externos na CML e o fotógrafo em causa não se limita a fotografar apenas sete eventos, antes acompanha diariamente as atividades da presidência do município, para lá de outros serviços para as publicações da CML", lê-se no comunicado.

"Dizer que o Presidente da CML pagou “72 mil € dos cofres da CML para ser fotografado” tem tanto de insultuoso como revela desconhecimento", acrescenta a Câmara.

Veja aqui o contrato em causa.