O processo durou apenas 20 minutos, os oito juízes do Tribunal Constitucional confirmaram a decisão do parlamento de Seul tomada em dezembro, e declararam que a presidente “prejudicou seriamente o espírito democrático e o respeito das leis”.
A ex-presidente, agora destituída, é acusada de ter colaborado com a sua amiga Choi Soon-Sil, apelidada da “Rasputina sul coreana”, para forçar as grandes empresas sul coreanas a dar dinheiro a fundações e companhias que Choi controlava. Segundo os juízes do Tribunal Constitucional a presidente Park Geun-hye ocultou as manobras da amiga e as suas ingerências nos assuntos do Estado e chegou a “criticar [as pessoas] que investigavam essas suspeitas”.
A decisão do tribunal foi recebida com confrontos nas ruas entre apoiantes da presidente deposta e opositores de Park . Duas pessoas morreram resultado dos confrontos que envolveram também as forças da ordem.
A presidente Park Geun-hye, de 65 anos, foi a primeira mulher eleita para presidente da República na Coreia do Sul. Apesar de ser filha do ditador militar Park Chung-hee foi eleita pela maior votação de sempre. O programa com que ganhou a eleição era conservador e previa uma política de mão firme contra os vizinhos do Coreia do Norte.
