Foi afetado pelo incêndio no festival Andanças? Os consumidores que têm o seguro facultativo de danos próprios podem ativar a cobertura de incêndio de imediato e ser indemnizado. Este seguro paga os danos até ao limite do capital seguro (que corresponde ao valor comercial do veículo à data do acidente), quando não existe um terceiro responsável. Posteriormente, e uma vez apurado o responsável pelo sinistro, a seguradora poderá exercer o direito de regresso e exigir a compensação pela indemnização paga ao seu segurado. O alerta é feito pela Associação de Defesa do Consumidor (DECO).
No entanto, a compensação dos afetados pode demorar até que a investigação das causas e a avaliação dos estragos provocados.
A organização já garantiu que possui um seguro de responsabilidade civil que cobre os danos. Para obter licença de utilização, a entidade promotora tem de contratar seguro de responsabilidade civil e um seguro de acidentes pessoais para os participantes e tem de obter um certificado de inspeção, a atestar que o recinto reúne as condições técnicas e de segurança necessárias para a realização do evento. Contudo, este tipo de seguros associados à licença para o evento não tem capitais mínimos exigidos por lei e o valor ainda não foi divulgado. Além disso, este seguro só será ativado se a investigação provar que houve responsabilidade por parte da organização (se o incêndio teve origem num curto-circuito no sistema de iluminação, por exemplo). Caso se prove que teve origem num veículo estacionado, a seguradora não vai assumir o pagamento da indemnização.
A confirmar-se que o incêndio teve origem num carro, o seguro obrigatório de responsabilidade civil do veículo só cobre danos materiais até um milhão de euros, o que será claramente insuficiente para o total, a menos que o dono tenha contratado modalidades superiores de capital. É possível capitais até 50 milhões de euros.
