Partido Livre inicia hoje congresso fundador e de eleição de órgãos


O congresso fundador do partido Livre, dinamizado pelo eurodeputado Rui Tavares, decorre hoje e no sábado no Porto, e nele serão eleitos os órgãos da força política que em breve será formalizada oficialmente. O Livre prepara-se para entregar no Tribunal Constitucional (TC) os documentos para a formalização do partido, declarando Rui Tavares à agência Lusa…


O congresso fundador do partido Livre, dinamizado pelo eurodeputado Rui Tavares, decorre hoje e no sábado no Porto, e nele serão eleitos os órgãos da força política que em breve será formalizada oficialmente.

O Livre prepara-se para entregar no Tribunal Constitucional (TC) os documentos para a formalização do partido, declarando Rui Tavares à agência Lusa que foram já recolhidas “mais do que as 7.500 assinaturas requeridas por lei para a formação de um novo partido”, pelo que existe uma “almofada de segurança” e “seja imediatamente antes ou, mais provavelmente depois” do congresso toda a documentação será entregue no Palácio Ratton.

O congresso do Livre arranca com um debate esta noite – sobre como “mudar a política em Portugal e na Europa” -, feito para “simbolicamente” assinalar o dia 31 de janeiro, onde, em 1891, se deu no Porto a primeira tentativa de instauração da República em Portugal, que foi falhada.

No sábado, os trabalhos arrancam às 09:00 e deverão estender-se até de noite, com diversas intervenções e a eleição dos órgãos do partido, entre os quais o grupo de contacto (órgão executivo), eleito por lista, e a assembleia (órgão político entre congressos).

O congresso decorre no auditório da biblioteca municipal Almeida Garrett.

Uma papoila é o símbolo desta força política, identificável também pela letra “L”.

Em dezembro, Rui Tavares havia proposto que o Livre fosse a “alavanca do meio da esquerda”, seduzindo o PS e o PCP com o objetivo de fazer Governo.

Muitos jovens integram a equipa do Livre, e há também uma “boa representação da diáspora”, que totaliza “cerca de 10% do total” de membros e apoiantes, frisa o eurodeputado eleito nas últimas eleições europeias nas listas do Bloco de Esquerda (BE).

O Livre não se compromete ainda com uma candidatura às europeias, sublinhando que o partido foi constituído com objetivos “muito para lá” do sufrágio de maio, antes um “passo para uma governação de esquerda em Portugal”.

Contudo, Rui Tavares diz que o partido está pronto para as europeias, mesmo não tendo sido atingido um compromisso com o BE e o manifesto 3D.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela Agência Lusa