A Lusiaves perdeu temporariamente o selo de bem-estar animal, na sequência da divulgação de imagens com dezenas de frangos feridos ou mortos.
A empresa só poderá tentar recuperar a certificação a partir de agosto, adiantou a Welfair, responsável pela atribuição do selo, à agência Lusa.
“Em 17 de março, decidimos suspender temporariamente a certificação até agosto de 2025. [A empresa] mostrou-se contra esta decisão, alegando que se tratou de um episódio que envolveu quatro trabalhadores”, anunciou fonte oficial da Welfair.
As imagens foram divulgadas no Instagram da associação no fim de semana, tendo sido captadas em novembro numa exploração da Lusiaves na Figueira da Foz, e mostram trabalhadores a agredir os animais, além de dezenas de frangos feridos e mortos.
A empresa sublinhou, à agência Lusa, que nem todas as imagens publicadas foram captadas na exploração avícola da Quinta de Matinhos’, mas confirmou a abertura de um processo de inquérito que resultou na suspensão de funções de quatro funcionários, perante indícios de “práticas contrárias ao bem-estar animal, cometidos à total revelia da empresa”.
A Lusiaves disse ainda que desenvolveu inquéritos noutras explorações localizadas naquele concelho, mas não identificou situações que pusessem em causa o bem-estar animal e que o caso da Quinta de Matinhos foi um “episódio isolado” e imputável aos quatro funcionários.
A empresa pode tentar recuperar o selo, mas só a a partir de agosto. Para isso, terá de solicitar uma nova certificação, uma nova auditoria, bem como cumprir todos os padrões exigidos por esta entidade.
