MP abre inquérito sobre falsificação de assinaturas por Tiago Mayan

MP abre inquérito sobre falsificação de assinaturas por Tiago Mayan


Demitiu-se da presidência da União de Freguesias da Foz no Porto e desistiu de disputar a liderança da Iniciativa Liberal com Rui Rocha.


O Ministério Público (MP) abriu um inquérito ao ex-candidato à liderança da Iniciativa Liberal Tiago Mayan, presidente demissionário da União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, no Porto, que assumiu ter falsificado assinaturas.

“Na sequência de notícias vindas a público relacionadas com a matéria em referência, confirma-se que o Ministério Público decidiu instaurar inquérito para investigar os factos, o qual é dirigido pelo DIAP [Departamento de Investigação e Ação Penal] do Porto”, lê numa resposta da Procuradoria-geral da República, enviada à agência Lusa.

Tiagão Mayan admitiu ter falsificado as assinaturas dos membros do júri do Fundo de Apoio ao Associativismo Portuense, numa ata datada de 16 de setembro.

Na sequência da polémica da falsificação de assinaturas, o liberal demitiu-se do cargo de presidente da junta, alegando falta de “condições pessoais para continuar a exercer” o cargo e assumindo que o motivo era da sua “inteira responsabilidade”, mas garantiu que nunca se apropriou de quaisquer fundos.

Desistiu também de disputar a liderança da Iniciativa Liberal com Rui Rocha, na convenção eletiva prevista para o início de 2025.

Num comunicado depois de ter sido tornada pública a falsificação e a confissão de Mayan, o liberal viria a dizer que se tratou de um ato “manifestamente irrefletido e censurável” do qual se arrepende “profundamente”, e mostrou-se disponível para prestar todos os esclarecimentos e assumir as consequências que poderiam vir a existir.