Barragens armazenaram pouca água nos últimos dias

Barragens armazenaram pouca água nos últimos dias


Os armazenamentos, por bacia hidrográfica, apresentam-se inferiores às médias de armazenamento do mês de novembro dos últimos 22 anos.


Apesar da chuva forte que se fez sentir na primeira semana de novembro, a verdade é que a mesma não se repercutiu em grande escala no armazenamento de água nas barragens portuguesas. O volume de afluências para as 80 barragens públicas nacionais traduziu-se num acréscimo de somente 0,86%, portanto, 114 hectómetros cúbicos (hm3). A capacidade total de armazenamento na rede pública de barragens é de 13 259 hm3.

De acordo com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), “a 7 de novembro de 2022 e comparativamente ao boletim anterior (de 31 de outubro de 2022) verificou-se o aumento do volume armazenado em 8 bacias hidrográficas e a diminuição em 6”, mas se tivermos em conta todas as albufeiras monitorizadas, 27% apresenta disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total e 41% têm disponibilidades inferiores a 40% do volume total.

Por outro lado, os armazenamentos na primeira semana de novembro de 2022, por bacia hidrográfica, apresentam-se inferiores às médias de armazenamento do mês de novembro (1990/91 a 2021/22), exceto para as bacias do Lima, Ave e Douro. Naquilo que diz respeito às bacias que são consideradas “mais críticas”, as Ribeiras do Barlavento subiram 0,02%, Mira desceu 0,1%, as Ribeiras do Sotavento desceram 0,2%, o Tejo subiu 0,5%, Cávado/Rib.Costeiras subiu 1,5%, as Ribeiras do Oeste subiram 0,2% e o Sado desceu 0,03%.

Entre os dias 17 e 31 de outubro o volume de afluências para as 80 barragens públicas nacionais foi distinto em percentagem, mas menor no valor final, correspondendo a um acréscimo de 2%, isto é, mais 340 hectómetros cúbicos (hm3). Logo, a capacidade total de armazenamento na rede pública de barragens foi de 13 204 hm3, mas no final de outubro situava-se nos 7 712 hm3 (58%).

Neste período, os armazenamentos registados pela APA, e por bacia hidrográfica, apresentavam-se inferiores às médias de armazenamento do mês de outubro (entre 1990/91 e 2021/22), mas não era esse o caso das bacias Lima, Ave, Douro e Arade. Já a barragem do Lindoso, que no final de setembro registara um volume de 75 hm3, ou seja 20% da sua capacidade máxima de armazenamento, no final de outubro reteve 218 hm3 (58%).

 

Domingo poderá trazer chuva

Depois de dias que podem ser denominados como “Verão de São Martinho”, a verdade é que é melhor não nos habituarmos a um tempo com pouca ou nenhuma chuva. Segundo o site tempo.pt, prevê-se para grande parte de Portugal continental, na sexta e no sábado, temperatura máxima igual ou superior a 20 ºC. Para o Porto 20 ºC, para Coimbra 22 ºC, para Lisboa, Évora e Faro 21 ºC.

“Estão previstos valores semelhantes a estes em várias localidades da faixa costeira ocidental. No entanto, em contraste com a maioria do território nacional, espera-se que as capitais distritais do interior Norte e Centro, bem como do Alto Alentejo, registem, em geral, temperatura máxima inferior a 20 ºC”, lê-se. “Após o curto ‘verão de São Martinho’, prevê-se uma nova agitação no estado do tempo em Portugal continental a partir do próximo domingo, dia 13 de novembro”, é escrito, sendo que “se a previsão dos modelos meteorológicos se cumprir, o nosso país irá viver a repetição de um ‘filme’ que tem sucedido em diversas ocasiões ultimamente, e em especial desde o início da segunda quinzena de outubro”.

“A precipitação poderá ser localmente forte e persistente, nalguns locais abundante, e arrastar-se até meados da próxima semana”, concluíram.