As Pussy Riot – coletivo artístico russo conhecido por criticar o presidente do seu país, Vladimir Putin, e que já chegou a sofrer as represálias dessa “posição” – atuam em Portugal no próximo mês de junho.
A primeira “paragem” será feira no Porto, na Casa da Música, a 8 de junho. No dia seguinte as cantoras seguirão para o Capitólio, em Lisboa. Os concertos são organizados pela promotora Sounds Good.
O coletivo foi fundado em Moscovo, na Rússia, em 2011. De seu nome Pussy Riot, foi formado pela ativista Maria Alyokhina e têm mudado a sua composição ao longo do tempo: já chegou a integrar 11 mulheres.
Defendendo o feminismo e os direitos LGBT e criticando de forma aberta o Presidente russo Vladimir Putin, as Pussy Riot tornaram-se conhecidas internacionalmente depois de terem atuado numa catedral de Moscovo, em 2012. Três delas – Nadezhda Tolokonnikova, Maria Alyokhina e Yekaterina Samutsevich – foram detidas e as duas primeiras chegaram mesmo a cumprir 21 meses de prisão cada.
Numa entrevista ao jornal britânico The Guardian, já depois da invasão da Ucrânia pela Rússia, Nadya Tolokonnikova (uma das integrantes da banda) afirmou que a situação na Rússia só mudará "se milhões de pessoas forem para a rua e se recusarem a ir embora até Putin sair do poder”. “Mas isso é incrivelmente perigoso. Putin é louco, pelo que poderá abrir fogo sobre o seu próprio povo", acredita a ativista.