O Estado da (Gover)Nação


Mais escandaloso e impressionante que a retórica bacoca do primeiro-ministro, que já só engana os mais distraídos, é a sua manifesta capacidade em estar-se nas tintas para as questões que qualquer outro partido lhe coloque, acabando por nada responder sobre coisa nenhuma.


Na passada quarta-feira, com a aproximação das férias, do fim da sessão legislativa e dos trabalhos parlamentares, a Assembleia da República realizou o denominado debate do Estado da Nação.

Acontece que, tal como vários deputados disseram no próprio debate em causa, é impossível falar deste tema sem previamente falar do estado da governação, que é como quem diz, do desempenho do Governo que conduz os destinos do país. Neste sentido, tal como vem acontecendo nos últimos anos, e isso, só por si, já dá que pensar, aquilo a que se assistiu em S. Bento foi o contraste absoluto da realidade diária do nosso país.

António Costa continua a ser o campeão dos anúncios. Nisso, honra lhe seja feita, não há quem lhe possa ganhar. O problema é que tudo quanto António Costa anuncia, acaba por nunca ser executado.

Neste debate, todas as intervenções do primeiro-ministro, sobretudo a que iniciou o debate e era por isso a mais importante, foi um verdadeiro recital poético em torno dos dinheiros que chegarão com a “bazuca”. Mas continuamos na mesma. Sem explicar aos portugueses que esse mesmo dinheiro será maioritariamente entregue, erradamente tal como tenho vindo a escrever, aos serviços públicos, e não, como deveria, às empresas e setor privado. Uma vez mais, António Costa não foi capaz de o dizer com clareza.

Mas mais escandaloso e impressionante que a retórica bacoca do primeiro-ministro, que já só engana os mais distraídos, é a sua manifesta capacidade em estar-se nas tintas para as questões que qualquer outro partido lhe coloque, acabando por nada responder sobre coisa nenhuma.

Piadas, bocas, ironias, evasivas, fugas para a frente, tiradas secas, gestos e expressões de escárnio para com os opositores, assim procede António Costa e todo o Governo. Parafraseando Telmo Correia que o disse com toda a propriedade, todos se comportam como se tudo fosse devido ao Partido Socialista e, nessa medida, tudo ao Partido Socialista deva ser permitido e, pelo resto do país, aceite.

 É verdadeiramente escandaloso. Diria mesmo que chega a ser ultrajante. Já para não dizer que se torna absolutamente ridículo olhar para o elenco governamental que integra esta corte de António Costa e ver que, lado a lado, cadeira com cadeira, está todo um conjunto de cromos que não deveriam ter lugar em qualquer caderneta, quanto mais numa caderneta governativa.

O ministro da Administração Interna que é já, politicamente, um zombie, leva porrada de todo o lado. O ministro da economia que há meses vem perdendo fulgor, parece cada vez mais arrastar-se num caminho no qual já nem ele acredita. O ministro das finanças, o leão sem juba, entra mudo e sai calado. E por aí fora, num quadro de miséria tal que faz com que este leque ministerial, há 30 ou 40 anos atrás, não servisse sequer para tirar cafés aos governantes dessa altura.

Portugal quase parece concorrer para o primeiro prémio do Executivo mais incompetente da União Europeia. E verdade seja dita, vai lançado na corrida.

Entretanto, cá fora, no país real, aquele em que todos nós vivemos, as carências e as dificuldades das famílias e empresas portuguesas, aumentam. A descrença no futuro, acentua-se. A insegurança dos portugueses, agrava-se. A incapacidade de gerir a pandemia com cabeça, tronco e membros, revela-se. E a noção clara de que este Governo já não tem futuro, clarifica-se a cada dia. Só por sermos um povo de brandos costumes é possível a este Governo manter-se em funções. Mas são também os nossos brandos costumes que têm de acabar, e rápido, para que consigo acabe este reinado do socialismo, da esquerda e de todo este Governo.

 

Presidente do Conselho de Jurisdição Nacional do Chega
Escreve à sexta-feira


O Estado da (Gover)Nação


Mais escandaloso e impressionante que a retórica bacoca do primeiro-ministro, que já só engana os mais distraídos, é a sua manifesta capacidade em estar-se nas tintas para as questões que qualquer outro partido lhe coloque, acabando por nada responder sobre coisa nenhuma.


Na passada quarta-feira, com a aproximação das férias, do fim da sessão legislativa e dos trabalhos parlamentares, a Assembleia da República realizou o denominado debate do Estado da Nação.

Acontece que, tal como vários deputados disseram no próprio debate em causa, é impossível falar deste tema sem previamente falar do estado da governação, que é como quem diz, do desempenho do Governo que conduz os destinos do país. Neste sentido, tal como vem acontecendo nos últimos anos, e isso, só por si, já dá que pensar, aquilo a que se assistiu em S. Bento foi o contraste absoluto da realidade diária do nosso país.

António Costa continua a ser o campeão dos anúncios. Nisso, honra lhe seja feita, não há quem lhe possa ganhar. O problema é que tudo quanto António Costa anuncia, acaba por nunca ser executado.

Neste debate, todas as intervenções do primeiro-ministro, sobretudo a que iniciou o debate e era por isso a mais importante, foi um verdadeiro recital poético em torno dos dinheiros que chegarão com a “bazuca”. Mas continuamos na mesma. Sem explicar aos portugueses que esse mesmo dinheiro será maioritariamente entregue, erradamente tal como tenho vindo a escrever, aos serviços públicos, e não, como deveria, às empresas e setor privado. Uma vez mais, António Costa não foi capaz de o dizer com clareza.

Mas mais escandaloso e impressionante que a retórica bacoca do primeiro-ministro, que já só engana os mais distraídos, é a sua manifesta capacidade em estar-se nas tintas para as questões que qualquer outro partido lhe coloque, acabando por nada responder sobre coisa nenhuma.

Piadas, bocas, ironias, evasivas, fugas para a frente, tiradas secas, gestos e expressões de escárnio para com os opositores, assim procede António Costa e todo o Governo. Parafraseando Telmo Correia que o disse com toda a propriedade, todos se comportam como se tudo fosse devido ao Partido Socialista e, nessa medida, tudo ao Partido Socialista deva ser permitido e, pelo resto do país, aceite.

 É verdadeiramente escandaloso. Diria mesmo que chega a ser ultrajante. Já para não dizer que se torna absolutamente ridículo olhar para o elenco governamental que integra esta corte de António Costa e ver que, lado a lado, cadeira com cadeira, está todo um conjunto de cromos que não deveriam ter lugar em qualquer caderneta, quanto mais numa caderneta governativa.

O ministro da Administração Interna que é já, politicamente, um zombie, leva porrada de todo o lado. O ministro da economia que há meses vem perdendo fulgor, parece cada vez mais arrastar-se num caminho no qual já nem ele acredita. O ministro das finanças, o leão sem juba, entra mudo e sai calado. E por aí fora, num quadro de miséria tal que faz com que este leque ministerial, há 30 ou 40 anos atrás, não servisse sequer para tirar cafés aos governantes dessa altura.

Portugal quase parece concorrer para o primeiro prémio do Executivo mais incompetente da União Europeia. E verdade seja dita, vai lançado na corrida.

Entretanto, cá fora, no país real, aquele em que todos nós vivemos, as carências e as dificuldades das famílias e empresas portuguesas, aumentam. A descrença no futuro, acentua-se. A insegurança dos portugueses, agrava-se. A incapacidade de gerir a pandemia com cabeça, tronco e membros, revela-se. E a noção clara de que este Governo já não tem futuro, clarifica-se a cada dia. Só por sermos um povo de brandos costumes é possível a este Governo manter-se em funções. Mas são também os nossos brandos costumes que têm de acabar, e rápido, para que consigo acabe este reinado do socialismo, da esquerda e de todo este Governo.

 

Presidente do Conselho de Jurisdição Nacional do Chega
Escreve à sexta-feira