A promessa que a vida cumpre sempre


 A luz atravessa os ramos apodrecidos da velha nespereira, teimosamente centenária. Já alguma vez te falei da importância das nespereiras? Talvez te fale um dia em que a humanidade esteja mais calma e não envergue as vestes da doença e do pranto. 


A janela do meu quarto estala de sol. Como se fosse, novamente, a janela da infância. Lá no jardim. à beira do poço, as laranjas espalham-se pelo chão. É meio-dia. Como escreveu Nietzche, em O Crepúsculo dos Deuses: “Momento da sombra mais curta, o fim do erro mais longo, o ponto culminante da Humanidade”. Um céu azul no meio deste inverno que só agora começou. A luz atravessa os ramos apodrecidos da velha nespereira, teimosamente centenária. Já alguma vez te falei da importância das nespereiras? Talvez te fale um dia em que a humanidade esteja mais calma e não envergue as vestes da doença e do pranto. Fico à escuta dos ruídos da casa antiga: uma madeira que estala no soalho do Quarto Grande, onde o meu avô Joaquim me ensinou os caminhos do mundo através dos atlas que abria sobre os joelhos;

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