Domingo, Campo de Santa Cruz, em Coimbra, fraca assistência. Dia 23 de abril de 1939: última jornada da primeira edição do Campeonato Nacional de Futebol. Ao empatar com o Benfica por 3-3, o FC Porto sagrava-se campeão. Em Coimbra, do Choupal até à Lapa, havia uma certa melancolia. A Académica terminava a prova no quinto posto (em oito equipas), apenas à frente de Barreirense, Académico do Porto e Casa Pia. Seria preciso esperar dois meses para que a festa se fizesse, de capas ao vento, estudantes e futricas misturados na alegria da vitória na final da Taça de Portugal, nas Salésias, frente ao Benfica (4-3).
Mas era do Casa Pia que eu queria falar. Ou melhor, desse Académica-Casa Pia, jogo derradeiro do campeonato, confrontos únicos entre estudantes e casapianos na i Divisão – na primeira volta, a Académica vencera em Lisboa por 2-0 –, e que neste domingo tem edição especial em Coimbra para a ii Liga, rescendendo a um passado tão distante que já se soma em mais de 80 anos.
Gansos e pardalitos. Gansos porque alguém na rua, ao ver passar um grupo garboso de casapianos em marcha, se lembrou de soltar o brado: “Isso é que é elegância! Parecem gansos!” Os pardalitos vieram depois, muito depois, nascidos da imaginação de Vítor Santos, o chefe de redação da velha A Bola, depois de uma vitória dos conimbricenses sobre o Benfica na época de 1961-62.
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