Carlos Canhoto Fernandes é um dos três candidatos à presidência de Os Beleneses. Sob o lema “Erguer Os Belenenses”, o economista apresenta no programa de candidatura 45 medidas com o objetivo de recuperar “um grande clube de referência a nível nacional e aquele com maior implantação de prática desportiva na cidade de Lisboa”. Entre as pioridades, o sócio 2830 destaca a importância na “formação e retenção de talentos”, já que estes devem ser a “base” da equipa sénior de futebol, “apostando num ADN Belenenses ganhador”. A gestão das modalidades e o crescimento do número de sócios são mais dois pilares desta candidatura. Canhoto Fernandes defende que “os sócios são a mola impulsionadora de qualquer clube”, e lembra que foi um dos sete associados que votou “contra a abertura do capital da SAD”. Antigo atleta do Os Belenenses – entrou para as escolinhas com sete anos, na época 1972/73, jogou futebol em todos os patamares das camadas jovens e no campeonato de reservas, tendo saído na época de 1983/84 –, nos últimos dez anos tem tido um papel interventivo na grande maioria das assembleias gerais do clube. Depois de mais de três décadas ao serviço da banca, sentiu a obrigação de candidatar-se às eleições, já que considera que esta pode ser a última oportunidade de reestruturar o emblema do Restelo. A Assembleia-Geral Eleitoral do Belenenses decorre no dia 17 de outubro, no pavilhão Acácio Rosa. A dirigir o clube do Restelo desde 2014, Patrick Morais de Carvalho encabeça a candidatura “Belenenses com Futuro” (lista A), enquanto o gestor Luís Figueiredo é o candidato do “Movimento dos Históricos” (lista C).
Quem é o candidato Carlos Canhoto Fernandes?
Fui atleta do clube, entrei no Futebol Clube Os Belenenses com sete anos e joguei até aos 19. Depois saí, fiz o meu percurso profissional na banca, onde estive trinta anos – e da qual estou a sair atualmente. Licenciei-me em Gestão, fiz o mestrado em economia monetária e financeira e fui admitido na seriação ao 1.º doutoramento Interdisciplinar em Economia Politica, uma parceria de três universidades (ISCTE, FEUC E ISEG), que suspendi. Decidi candidatar-me porque praticamente nos últimos 11 anos passei a intervir nas assembleias gerais, criticando mas tentando também arranjar soluções para o clube. Lembro-me inclusivamente de apresentar ao anterior presidente uma empresa do PSI-20 para arranjar soluções financeiras para o clube, para que o capital da SAD não fosse aberto a um investidor externo. Apresentei também à direção atual do clube um projeto de estudo que eu tinha feito por forma a promover campanhas publicitárias.
Apresenta-se com o lema “Erguer Os Belenenses”: esta é uma missão que se torna ainda mais ambiciosa se tivermos em conta a crise pandémica que atravessamos?
Sem dúvida. Os meus amigos dizem-me: “Isso é uma loucura, num momento destes, com a Covid-19, a nível de receitas vai sentir-se muito mais”.
Leia o artigo completo na edição impressa do jornal i. Agora também pode receber o jornal em casa ou subscrever a nossa assinatura digital.