Carlos Canhoto Fernandes. “O Belenenses é um grande clube mas está adormecido”

Carlos Canhoto Fernandes. “O Belenenses é um grande clube mas está adormecido”


Entrou para as escolinhas do clube com sete anos, tendo jogado no futebol de formação até aos 19. Na última década tem tido um papel interventivo na grande maioria das assembleias gerais do clube.


Carlos Canhoto Fernandes é um dos três candidatos à presidência de Os Beleneses. Sob o lema “Erguer Os Belenenses”, o economista apresenta no programa de candidatura 45 medidas com o objetivo de recuperar “um grande clube de referência a nível nacional e aquele com maior implantação de prática desportiva na cidade de Lisboa”. Entre as pioridades, o sócio 2830 destaca a importância na “formação e retenção de talentos”, já que estes devem ser a “base” da equipa sénior de futebol, “apostando num ADN Belenenses ganhador”. A gestão das modalidades e o crescimento do número de sócios são mais dois pilares desta candidatura. Canhoto Fernandes defende que “os sócios são a mola impulsionadora de qualquer clube”, e lembra que foi um dos sete associados que votou “contra a abertura do capital da SAD”. Antigo atleta do Os Belenenses – entrou para as escolinhas com sete anos, na época 1972/73, jogou futebol em todos os patamares das camadas jovens e no campeonato de reservas, tendo saído na época de 1983/84 –, nos últimos dez anos tem tido um papel interventivo na grande maioria das assembleias gerais do clube. Depois de mais de três décadas ao serviço da banca, sentiu a obrigação de candidatar-se às eleições, já que considera que esta pode ser a última oportunidade de reestruturar o emblema do Restelo. A Assembleia-Geral Eleitoral do Belenenses decorre no dia 17 de outubro, no pavilhão Acácio Rosa. A dirigir o clube do Restelo desde 2014, Patrick Morais de Carvalho encabeça a candidatura “Belenenses com Futuro” (lista A), enquanto o gestor Luís Figueiredo é o candidato do “Movimento dos Históricos” (lista C).

Quem é o candidato Carlos Canhoto Fernandes?

Fui atleta do clube, entrei no Futebol Clube Os Belenenses com sete anos e joguei até aos 19. Depois saí, fiz o meu percurso profissional na banca, onde estive trinta anos – e da qual estou a sair atualmente. Licenciei-me em Gestão, fiz o mestrado em economia monetária e financeira e fui admitido na seriação ao 1.º doutoramento Interdisciplinar em Economia Politica, uma parceria de três universidades (ISCTE, FEUC E ISEG), que suspendi. Decidi candidatar-me porque praticamente nos últimos 11 anos passei a intervir nas assembleias gerais, criticando mas tentando também arranjar soluções para o clube. Lembro-me inclusivamente de apresentar ao anterior presidente uma empresa do PSI-20 para arranjar soluções financeiras para o clube, para que o capital da SAD não fosse aberto a um investidor externo. Apresentei também à direção atual do clube um projeto de estudo que eu tinha feito por forma a promover campanhas publicitárias.

Apresenta-se com o lema “Erguer Os Belenenses”: esta é uma missão que se torna ainda mais ambiciosa se tivermos em conta a crise pandémica que atravessamos? 

Sem dúvida. Os meus amigos dizem-me: “Isso é uma loucura, num momento destes, com a Covid-19, a nível de receitas vai sentir-se muito mais”. 

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