Costinha. “A viagem de Alcochete para o Estádio da Luz foi simplesmente arrepiante!”

Costinha. “A viagem de Alcochete para o Estádio da Luz foi simplesmente arrepiante!”


Durante anos foi um dos esteios da seleção nacional, sobretudo no Euro 2004 e no Mundial 2006._Mas o seu primeiro grande momento com a camisola de Portugal foi no Europeu de 2000 frente à Roménia.


Costinha, o Francisco Costa, é daqueles amigos com quem gosto de ter longas conversas. Tem sempre um jeito pacífico de defender as suas ideias e a discrição própria de quem se sente bem consigo mesmo. Desta vez recordámos a sua importância em duas fases finais de campeonatos da Europa, a de 2000 e de 2004 – as aventuras com a camisola das quinas que mais marcaram a sua carreira. Distinta como convém a quem tem a alcunha de “Ministro”…

Consegues fazer uma distinção entre o que viveste no Euro 2000 e no Euro 2004?

Sim. No Euro 2000 estava a iniciar a minha caminhada com a camisola portuguesa, nunca tinha jogado em seleções jovens e, de repente, após vencer o campeonato francês com o Mónaco, sou convocado para uma prova europeia de seleções. Foi uma sensação espetacular, algo com que sonhava desde miúdo: jogar pelo meu país. No Euro 2004 já era mais maduro, com muitos jogos já realizados pela seleção e, em termos europeus, pelos meus clubes, o Mónaco e o FC Porto, com o qual me sagrei campeão europeu, vencendo Taça UEFA e a Champions League. Logo, estava mais preparado e, além disso, o Euro foi disputado no meu amado país!

Que momentos de um e de outro te marcaram mais?

No Euro 2000, o golo que fiz à Roménia e o que significou na competição depois do golo de Luís Figo à Inglaterra (afirmando que estávamos lá e não éramos apenas mais um) e o hat-trick do Sérgio ao então campeão europeu em título, a Alemanha: 3-0.

Que diferenciou mais a seleção entre um e outro Europeu?

Eram ambas seleções de grande qualidade, dois grupos que queriam demonstrar o seu valor e vencer um torneio tão importante ao nível europeu. Por isso, posso apontar o fator casa, apesar de termos sido muito acarinhados na Holanda e Bélgica.

Aquele golo contra a Roménia – consegues descrever o que sentiste?

Foi uma satisfação enorme por ajudar a minha seleção a marcar presença na fase seguinte da competição. Ainda por cima, saí do banco para ajudar e que belo contributo dei nos poucos minutos que estive em campo. Inesquecível!

Na altura eras um dos mais novos. Fazia diferença?

Um dos mais novos e que poucos conheciam. O desejo de demonstrar que não era apenas mais um era enorme, mas quando estás na seleção sabes que é importante provar que estás à altura e que podem contar contigo. Ser novo, por vezes, dá-te essa irreverência de querer dar tudo o que tens para verem que desejas ajudar e triunfar.

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