“A minha saída não tem nada que ver com o caso Robles”

“A minha saída não tem nada que ver com o caso Robles”


Rui Costa sai do BE e passa a independente na Câmara de Lisboa


O Bloco de Esquerda perdeu um deputado municipal na Assembleia Municipal de Lisboa. Rui Costa, advogado de profissão, saiu por “divergências internas”, mas garante ao i que a sua decisão “nada tem que ver com o caso Robles” ou a forma como o ex-vereador da autarquia acabou por renunciar ao cargo. 

O partido emitiu um comunicado onde explicou que Rui Costa Lopes se recusou a renunciar ao mandato e o próprio assegura que “não há drama nenhum”. 

O deputado municipal justifica a sua decisão pela avaliação da “atuação casuística” do partido liderado por Catarina Martins – isto apesar de “continuar a identificar-se, no essencial com o Bloco”, um partido que tem um “papel insubstituível” no sistema político.

As divergências de atuação resultam da forma como o BE abraça algumas causas, por vezes numa lógica de casos particulares, quando os partidos devem apresentar as suas propostas de forma mais geral. “Fui eleito para um programa eleitoral que tenciono cumprir, mas relativamente ao Bloco de Esquerda geraram-se algumas divergências de caráter político, muito relacionadas com a forma de atuação do partido em algum tipo de medidas”, sustenta o deputado municipal, sem especificar os casos concretos.

Rui Costa ingressou no PS ainda no tempo de António Guterres enquanto secretário-geral socialista. Acabou por sair e escolheu o Bloco de Esquerda, tendo desempenhado funções autárquicas no concelho de São Pedro do Sul, distrito de Viseu. Nas eleições autárquicas de 2017 foi mandatário da candidatura de Ricardo Robles, de quem foi adjunto.

Com esta desfiliação, o Bloco de Esquerda passa a ter três deputados municipais na Assembleia Municipal de Lisboa.