Moçambique. A paz segue dentro de momentos

Moçambique. A paz segue dentro de momentos


O Presidente da República, Daniel Chapo, reuniu-se com o candidato presidencial derrotado, Venâncio Mondlane, para discutir o futuro de Moçambique.


O Governo moçambicano classificou o encontro entre o chefe do Estado, Daniel Chapo, e Venâncio Mondlane de muito importante, pois permitiu discutir soluções com vista à estabilidade. «Reputamos esta atitude de muita responsabilidade. Vale a pena saudar o gesto de Venâncio Mondlane, que atendeu à solicitação e colocou-se na mesa de diálogo», disse o porta-voz do Conselho de Ministros, Inocêncio Impissa.

O Presidente de Moçambique e líder da Frelimo, Daniel Chapo, reuniu-se com o ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, em Maputo, naquilo que foi considerado um esforço para promover a estabilidade nacional e reforçar o compromisso com a reconciliação e a unidade dos moçambicanos. Tratou-se do primeiro encontro entre os dois políticos depois do clima de grande agitação social, com manifestações e paralisações, convocadas por Venâncio Mondlane, que rejeitou os resultados eleitorais de 9 de outubro, que deram vitória a Daniel Chapo. «Há uma plataforma criada em que todos nós devemos participar. O chefe do Estado tem sido o mentor do diálogo e mostrou isso na receção a Venâncio Mondlane e Mondlane mostrou-se disposto a dialogar. O encontro é importante para todos passarmos a viver num contexto mais normal», acrescentou Impissa. O ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane disse que o encontro com o Presidente foi importante para acabar com a violência. «Daniel Chapo assumiu a responsabilidade perante o Estado moçambicano de empenhar-se em garantir que a violência que vem da polícia, da Unidade de Intervenção Rápida e do Serviço de Investigação Criminal deve ser estancada», afirmou Mondlane, que sublinhou: «aderir ao diálogo não representa abandonar a causa». O político anunciou também que estão a ser criadas equipas para redigir um documento que permite conceder indultos aos moçambicanos que foram detidas durante os protestos. «Isto é contra Moçambique? Isto é bom para o povo ou não?», questionou.