O presidente francês reuniu esta segunda-feira de emergência em Paris “os principais países europeus” para discutir a Ucrânia e a segurança europeia. Antes, Emmanuel Macron conversou com o homólogo norte-americano, Donald Trump.
Antes da reunião às 16h00 horas locais (15h00 de Lisboa), uma porta-voz do Eliseu avançou que Macron falou com Trump por telefone durante cerca de 20 minutos e que concordaram que voltariam a falar em breve, sem adiantar mais pormenores sobre a conversa.
O Presidente francês tomou a iniciativa de reunir a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, bem como os chefes de Governo de sete países europeus: Alemanha, Olaf Scholz, Reino Unido, Keir Starmer, Itália, Giorgia Meloni, Polónia, Donald Tusk, Espanha, Pedro Sánchez, Países Baixos, Dick Schoof, e Dinamarca, Mette Frederiksen.
Esta reunião ocorre numa altura em que Donald Trump pretende negociar a paz na Ucrânia, invadida pela Rússia desde 24 de fevereiro de 2022, diretamente com o Presidente russo, Vladimir Putin, que pode deixar Kiev e a União Europeia (UE) fora das negociações.
O primeiro-ministro britânico afirmou que iria encontrar-se com Donald Trump “nos próximos dias” em Washington, reiterando que quer desempenhar o papel de facilitador entre os EUA e os europeus sobre a Ucrânia.
Keir Starmer, manifestou a sua disponibilidade para enviar tropas para a Ucrânia durante uma entrevista que foi publicada de manhã no jornal The Telegraph, tendo falado ao telefone com o seu homólogo da Noruega, Jonas Gahr Støre, sobre a necessidade de os países europeus se unirem para garantir a segurança euro-atlântica.
Durante a manhã, o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, afastou a possibilidade de o seu país participar numa possível mobilização militar na Ucrânia, esclarecendo que a Polónia apenas está disposta a oferecer, se necessário, apoio logístico e político aos países que enviem tropas para a Ucrânia.
A Espanha e a Alemanha consideram “prematuras” as discussões sobre o eventual envio de tropas para a Ucrânia, desejando “primeiro esperar para ver se e como a paz se estabelece na Ucrânia”.
Na terça-feira, o chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, vai visitar Ancara, na mesma altura em que norte-americanos e russos se reúnem pela primeira vez desde fevereiro de 2022 na Arábia Saudita, segundo a Presidência turca.