A ministra dos Negócios Estrangeiros da República Democrática do Congo, Thérèse Kayikwai Wagner, esteve presente no Conselho de Segurança da ONU, onde alertou para a situação de guerra no seu país, sublinhando que há milhões de pessoas deslocadas e milhares de outras presas em Goma.
A cidade foi tomada pelos rebeldes no início desta semana e prosseguem os combates entre os rebeldes do M23 e grupos de resistência constituídas por soldados das forças armadas congolesas e por milicianos Wazalando.
A ministra afirmou que o Ruanda não deve continuar a agir «com total impunidade», e apelou a ações concretas para apoiar os princípios do multilateralismo e do direito internacional. Entre as medidas exigidas por Kinshasa estão sanções específicas contra os funcionários do M23 e os oficiais ruandeses envolvidos, bem como um embargo à exploração e exportação de recursos minerais congoleses pelo Ruanda.
A RDC pediu também a retirada incondicional das forças estrangeiras do seu território soberano e sanções contra a estrutura de comando das Forças de Defesa do Ruanda. Vários países africanos manifestaram o seu apoio à RDC, sublinhando a necessidade de uma resposta rápida e decisiva por parte do Conselho de Segurança para resolver esta crise.
O Presidente do Ruanda, Paul Kagame, concorda com os Estados Unidos sobre a necessidade de um cessar-fogo no leste do Congo, mas não deu qualquer indicação de ceder aos apelos para que as tropas ruandesas e os rebeldes M23 se retirem de Goma.