O líder do partido no poder na Coreia do Sul anunciou, esta segunda-feira, a demissão. O anúncio acontece dois dias após o parlamento ter aprovado uma moção de destituição do Presidente Yoon Suk-yeol.
“Estou a demitir-me do cargo de líder do Partido do Poder Popular (PPP)”, declarou Han Dong-hoon, numa conferência de imprensa transmitida pela televisão. O responsável acrescentou que apresentava “sinceras desculpas a todos aqueles que sofreram com a lei marcial”.
O Tribunal Constitucional da Coreia do Sul iniciou na manhã desta segunda-feira uma primeira reunião para discutir o calendário do processo de destituição de Yoon Suk-yeol.
No sábado à noite, os deputados aprovaram uma moção de destituição contra Yoon, entretanto suspenso, sancionando a breve imposição da lei marcial na noite de 3 para 4 de dezembro.
O antigo procurador-geral surpreendeu o país ao declarar de surpresa o estado de emergência e ao enviar o exército para o parlamento. Apenas seis horas depois recuou, sob pressão da Assembleia Nacional e dos manifestantes.
O Tribunal Constitucional tem cerca de seis meses para se pronunciar sobre a validade da moção de destituição. Se a moção for aceite, Yoon será deposto e terão de ser realizadas eleições presidenciais no prazo de dois meses. O vencedor tomará posse no dia seguinte ao resultado, sem o habitual período de transição.
Durante este período, que poderá ir até oito meses, o primeiro-ministro, Han Duck-soo, que se comprometeu a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para assegurar uma “governação estável”, manterá as competências de chefe do governo interino.