Bom dia, obrigado e as campanhas de marketing


Se não se preocuparem com a forma como me tratam, se não são educados e me fazem sentir constrangido, “eu sou o cliente que nunca mais volta”.


Há pessoas que passam a vida com cara de quem tem para receber de todos e ninguém lhes paga. Não esboçam um sorriso e muitas vezes são antipáticas, desagradáveis e inconvenientes. Infelizmente em Portugal criou-se a ideia de quem anda de trombas ou tem um ar mais sisudo é automaticamente mais profissional ou mais responsável do que os que andam de sorriso rasgado na cara, são bem dispostos e engraçados. E é de facto uma pena que se instale na sociedade o culto de que quem anda de bem com a vida é matéria de estudo ou alvo de inveja e incompreensão. Um sorriso, um bom dia, um obrigado ou desculpa podem fazer o momento de alguém, podem alterar o humor de quem está a ter um dia menos positivo e fazem seguramente a diferença no momento de atender ou corresponder com o outro.

Eu, por exemplo, sou aquela pessoa que quando vai a um sítio, não reclama de quase nada. Sou simpático à chegada, cumprimento as pessoas, sou condescendente e compreensivo com eventuais falhas ou erros e estou sempre disposto a aceitar uma emenda ou a aceitação quando as coisas não correm como queremos ou estávamos à espera. Para mim, tão importante como um produto em si é a forma como sou recebido, a simpatia dos empregados num restaurante ou numa loja, a atenção que me dispensam e o trato. Não percebo sinceramente quando chego a um sítio e digo bom dia ou boa tarde e esboço um sorriso, e o que recebo do outro lado é um vazio ou simples indiferença. Não faço reparos sobre o assunto, não reclamo, não sou mal educado nem deixo de me despedir. Sou paciente, discreto e compreensivo. Quando do outro lado não tenho o que penso ser o mínimo, faço como o fundador da Wal Mart, Sam Walton. “Eu sou o cliente que nunca mais volta”.

Aconteceu-me quando era criança, no cabeleireiro onde costumava ir através da minha mãe, estava sozinho e pedi para usar o telefone para avisar a minha mãe que já estava despachado, a pessoa que me atendeu, quando eu lhe disse inocentemente que tinha ligado para o telemóvel e não para um número fixo, foi rude e usou um tom agressivo (na altura os tarifários de fixo para telemóvel eram mais dispendiosos). Nunca mais lá voltei.

No meu bairro costumava ir a um restaurante perto da minha rua, que usava para levar amigos e ver jogos de futebol. O dono foi arrogante comigo. Nunca mais lá pus os pés.

Bem podem fazer as campanhas de marketing que quiserem, gastar milhares de euros em promoções nas redes sociais e usar todo o tipo de ferramentas e estratégias para me cativar. Se não se preocuparem com a forma como me tratam, se não são educados e me fazem sentir constrangido, “eu sou o cliente que nunca mais volta”. Acho que devíamos todos pensar um pouco sobre o assunto. A forma como recebemos, a simpatia, o trato e a atenção. O nosso comportamento e o dos que connosco colaboram tem muitas vezes mais força do que qualquer campanha.

Bom dia, obrigado e as campanhas de marketing


Se não se preocuparem com a forma como me tratam, se não são educados e me fazem sentir constrangido, “eu sou o cliente que nunca mais volta”.


Há pessoas que passam a vida com cara de quem tem para receber de todos e ninguém lhes paga. Não esboçam um sorriso e muitas vezes são antipáticas, desagradáveis e inconvenientes. Infelizmente em Portugal criou-se a ideia de quem anda de trombas ou tem um ar mais sisudo é automaticamente mais profissional ou mais responsável do que os que andam de sorriso rasgado na cara, são bem dispostos e engraçados. E é de facto uma pena que se instale na sociedade o culto de que quem anda de bem com a vida é matéria de estudo ou alvo de inveja e incompreensão. Um sorriso, um bom dia, um obrigado ou desculpa podem fazer o momento de alguém, podem alterar o humor de quem está a ter um dia menos positivo e fazem seguramente a diferença no momento de atender ou corresponder com o outro.

Eu, por exemplo, sou aquela pessoa que quando vai a um sítio, não reclama de quase nada. Sou simpático à chegada, cumprimento as pessoas, sou condescendente e compreensivo com eventuais falhas ou erros e estou sempre disposto a aceitar uma emenda ou a aceitação quando as coisas não correm como queremos ou estávamos à espera. Para mim, tão importante como um produto em si é a forma como sou recebido, a simpatia dos empregados num restaurante ou numa loja, a atenção que me dispensam e o trato. Não percebo sinceramente quando chego a um sítio e digo bom dia ou boa tarde e esboço um sorriso, e o que recebo do outro lado é um vazio ou simples indiferença. Não faço reparos sobre o assunto, não reclamo, não sou mal educado nem deixo de me despedir. Sou paciente, discreto e compreensivo. Quando do outro lado não tenho o que penso ser o mínimo, faço como o fundador da Wal Mart, Sam Walton. “Eu sou o cliente que nunca mais volta”.

Aconteceu-me quando era criança, no cabeleireiro onde costumava ir através da minha mãe, estava sozinho e pedi para usar o telefone para avisar a minha mãe que já estava despachado, a pessoa que me atendeu, quando eu lhe disse inocentemente que tinha ligado para o telemóvel e não para um número fixo, foi rude e usou um tom agressivo (na altura os tarifários de fixo para telemóvel eram mais dispendiosos). Nunca mais lá voltei.

No meu bairro costumava ir a um restaurante perto da minha rua, que usava para levar amigos e ver jogos de futebol. O dono foi arrogante comigo. Nunca mais lá pus os pés.

Bem podem fazer as campanhas de marketing que quiserem, gastar milhares de euros em promoções nas redes sociais e usar todo o tipo de ferramentas e estratégias para me cativar. Se não se preocuparem com a forma como me tratam, se não são educados e me fazem sentir constrangido, “eu sou o cliente que nunca mais volta”. Acho que devíamos todos pensar um pouco sobre o assunto. A forma como recebemos, a simpatia, o trato e a atenção. O nosso comportamento e o dos que connosco colaboram tem muitas vezes mais força do que qualquer campanha.