Sempre vamos dizendo que, por vezes, é aconselhável ouvir aqueles que “sabem” e que já deram provas disso mesmo. É espantoso que o País invista na preparação qualificada de cidadãos, através de “bolsas” e não só, e que depois despreze as suas opiniões. No mínimo é uma atitude pouco inteligente e um mau investimento porque sem retorno.
É sabido que o País, a Europa e o Mundo estão a atravessar uma série crise económica e social, fruto de decisões e acções menos adequadas às circunstâncias, e que se revelam erradas, e outras até fraudulentas. Apesar de alguns especialistas na matéria (económica) já terem explicado que o “caminho” não é aquele que está a ser seguido, e que deve ser corrigido, apesar disto a administração “prossegue nesse caminho” e, segundo alguns, está-nos a conduzir para o “abismo”.
Coloca-se aqui a questão de saber qual é a alternativa (ou plano “B”) que o Governo tem, em caso de se revelar um redondo falhanço “deste sistema”, que está a ser implementado? É que a responsabilidade de dirigir o País apostar só numa solução, e nem seque admitir que essa solução escolhida pode estar “errada”, ou ser inadequada para a situação presente. Deve sempre estar previsto um plano “B” para qualquer situação “arriscada”, e a presente situação social e política que o País está a viver é, de facto, de risco.
É que se nada está previsto, a transição do poder, ou seja, a sua sede, terá que ser disputada por todos aqueles que têm ambições, mas que não têm, necessariamente, que ter “princípios democráticos”, nem qualquer tipo de “obediência” aos desígnios nacionais, e esse é um perigo que se corre.
Quando a classe política é jovem, pouco experiente, e ainda está “embevecida” com o “poder” que tem nas suas “mãos”, não consegue ver o óbvio, e esse são as coisas “videntes” que estão à nossa frente, mas essas são as mais difíceis de ver por serem evidentes. Esperamos, sinceramente, que o actual “poder político” possa ser auxiliado, no mínimo, por aquelas “empresas privadas” que têm, no seu seio, uma enorme “mais valia”, que é a “massa cinzenta” de alguns dos seus colaboradores, que representam a elite do pensamento Português… Mas como isto é uma evidência, tememos que o “poder político” não o perceba… e não o utilize…
Sociólogo