Amigos, amigos, negócios à parte? Nem sempre, há empresas de sucesso

Amigos, amigos, negócios à parte? Nem sempre, há empresas de sucesso


Há várias de histórias de amizades que se tornaram em negócios de sucesso e muitos estão no ranking das marcas mais valiosas do mundo. Portugal também não escapa a esta tendência e é possível encontrar casos de sucesso.


“Amigos, amigos, negócios à parte”. Nem sempre este ditado é real e não é por criar um negócio com um amigo que poderá significar risco ou fracasso. Os casos de sucesso assentes nesta fórmula são conhecidos e vão das multinacionais tecnológicas passando pelo sucesso de plataformas de alojamento local. O que tinham em comum? Além da amizade, a ambição de criarem uma empresa e não ter medo do risco.

Mas se há negócios que atravessam décadas há outros mais recentes e muitas delas surgem no ranking das marcas mais valiosas do mundo. Um dos casos mais emblemáticos é a Microsoft. Paul Allen e Bill Gates foram colegas de liceu e aprenderam juntos a programar, mas antes de se tornar na tecnológica mais conhecida pelo sistema operativo Windows, e até de ser oficialmente fundada, chamava-se Traf-O-Data. No início do ano tornou-se a cotada mais valiosa do mundo que foi impulsionada, sobretudo, pela aposta na inteligência artificial (IA), nomeadamente na OpenA.

Também Steven Jobs e Steve Wozniak, em 1976, construíram o Apple I numa garagem, e, em 1977, lançaram o Apple II, que se tornou bastante popular nas instituições de ensino. A 15 de agosto de 1998, numa altura em que a empresa enfrentava uma forte concorrência por parte dos computadores do tipo PC e dos sistemas operativos Windows, lançou oficialmente o iMac. A Apple fechou o seu primeiro trimestre fiscal – terminado a 30 de dezembro – com lucros de 33.916 milhões de dólares, uma subida homóloga de 13,06%.

Mas as histórias de sucesso não ficam por aqui. A Netflix foi fundada em 1997 como um serviço de aluguer de filmes pela internet. “Reed Hastings e Marc Randolph tiveram a ideia de alugar DVDs pelo correio. Testaram o conceito enviando um DVD para si mesmos — e chegou intacto. Assim surgiu o projeto Netflix”, conta a empresa. Mas só em 2007 é que o streaming foi introduzido, permitindo que os assinantes possam ver séries e filmes instantaneamente e, nessa altura, rapidamente as assinaturas ultrapassaram os 10 milhões.

E quem não conhece a famosa marca Starbucks? A primeira loja foi aberta em 1971 por três sócios: os professores Jerry Baldwin e Zev Siegel e o escritor Gordon Bowker. Abriram a sua primeira loja no Pike Place Market em Seattle, mas inicialmente destinava-se apenas à preparação e distribuição de café a partir de grãos torrados de todo o mundo. O nome foi inspirado em parte pelo personagem Starbuck do livro Moby Dick. Ao longo dos anos, a empresa evoluiu e, dez anos depois, durante uma viagem à Itália, Howard Schultz teve a ideia de trazer para os Estados Unidos a tradição dos cafés italianos.

Atualmente, a Starbucks está presente em mais de 70 países internacionalmente, vende cerca de quatro mil milhões de chávenas de café por ano e possui cerca de 30 mil lojas. Além disso, distribui os seus produtos em supermercados, o que lhe permitiu aumentar a sua notoriedade.

E Portugal?

O nosso país não ficou alheio e há quem quis desafiar o velho ditado “Trabalho é trabalho, conhaque é conhaque”. Um desses exemplos é a Uniplaces que foi criada em 2013 por três amigos  – Miguel Amaro, Ben Grech e Mariano Kostelec – que tinham o objetivo de facilitar e melhorar o aluguer de uma nova casa. “A Uniplaces é um mercado de casa únicas para estudantes, jovens trabalhadores, nómadas digitais, viajantes ou famílias. Somos um site internacional de crescimento rápido para reservas de médio e longo prazo. Temos o maior leque de apartamentos verificados do mundo, que podem satisfazer todos os orçamentos, continuando a nossa expansão em cidade em todo o mundo, para o satisfazer”, explica a empresa.

Outro caso de sucesso é a Leko, que surgiu pelas mãos dos amigos António Lessa e Francisco Machado em 2021. A primeira marca portuguesa de óculos anti luz azul e que surge como uma solução que combinasse moda e minimizasse os problemas de saúde resultantes da sobre-exposição aos ecrãs. “Vendemos um produto esteticamente apelativo e inovador, que se destaca pela sua simplicidade e que atrai todas as faixas etárias que têm contacto diário com os ecrãs digitais”, disseram os fundadores à NiT.

Também Diogo Valente (mais conhecido como o rapper D8) perdeu uma aposta e foi obrigado a entrar para um ginásio, onde veio conhecer Tiago Rebelo e rapidamente a amizade passou para o mundo dos negócios nascendo a Swee em 2021. Uma marca de gelados vegan 100% nacional e entraram na grande distribuição. Apostaram numa presença forte nas redes sociais e, em fevereiro, ultrapassaram dois milhões de visualizações no TikTok.

A marca também já conquistou os consumidores americanos depois de ter entrado no Texas.