TAP com prejuízo de 71,9 milhões no primeiro trimestre do ano

TAP com prejuízo de 71,9 milhões no primeiro trimestre do ano


A TAP apresentou um prejuízo de 71,9 milhões no primeiro trimestre do ano, o que representa uma queda 14,5 milhões em comparação com igual período do ano passado.


A companhia aérea diz, no entanto, que apresentou uma melhoria de desempenho operacional, superando o primeiro trimestre de 2023 em várias métricas: transportou mais passageiros (+0,6%), aumentou a sua capacidade (+3,8%) e melhorou o load factor (+0,3 p.p.), confirmando o foco da empresa na melhoria contínua da sua operação.

As receitas operacionais atingiram 862 milhões, aumentando em 3,1% face ao primeiro trimestre de 2023, com destaque para as receitas do segmento de passageiro (+5%), onde se verificou igualmente um aumento do PRASK (+1,2%) e da yield (+1,8%).

Luís Rodrigues, presidente executivo da TAP, considera que “no primeiro trimestre de 2024 continuámos o processo de transformação estrutural que a TAP exigia. O investimento nas nossas pessoas, incluindo o fim dos cortes salariais, correções da elevada inflação e os novos acordos de empresa, têm um impacto imediato no resultado, mas os benefícios continuarão a materializar-se ao longo do tempo. Tivemos a capacidade de aumentar a oferta, transportar mais passageiros e melhorar as taxas de ocupação quando comparado com o primeiro trimestre de 2023, o que se traduziu em aumento da receita, enorme redução de irregularidades, melhoria da pontualidade e regularidade numa infraestrutura aeroportuária altamente congestionada. Isto traduziu-se igualmente num salto no NPS (Índice de Satisfação do Cliente) de 12 para 24”, acrescentando que “confiamos totalmente nas nossas pessoas e sabemos que vamos estar à altura do verão forte com um significativo aumento de frequências para o Brasil e América do Norte. O nosso foco e empenho mantém-se: estabelecer a TAP como uma companhia sustentadamente rentável e uma das companhias mais atrativas da indústria para os nossos clientes, trabalhadores e acionistas.”

A 31 de março de 2024, o grupo apresentava uma liquidez de 1.133,4 milhões, um aumento de 344 milhões face ao final de 2023, “no seguimento da execução da segunda tranche de aumento de capital pelo acionista em janeiro de 2024, no valor de 343 milhões”.

No primeiro trimestre, o número de passageiros transportados aumentou em 0,6% comparando com o primeiro trimestre de 2023, enquanto foram operados 2% menos voos do que no primeiro trimestre de 2023. Mas, comparando com os níveis pré-crise de 2019 (1T19), o número de passageiros atingiu 104%, superando os mesmos, enquanto os voos operados atingiram 90%.

 As receitas operacionais totalizaram 861,9 milhões, aumentando em 3,1% em comparação com o primeiro trimestre de 2023.

Já os custos operacionais recorrentes atingiram 905,2 milhões, um aumento de 7% ou de 59,1 milhões em comparação com igual período do ano passado. “Esta variação resulta principalmente do aumento dos custos com o pessoal (+70,5 milhões ou 56,9%) devido aos novos acordos de empresa, contrabalançado pela redução do custo com combustível (-23,6 milhões ou 8,5%) devido a um preço mais baixo do jet fuel.