Em 20 anos, valor das remessas aumenta 500% em vinte anos

Em 20 anos, valor das remessas aumenta 500% em vinte anos


“Esperamos que o relatório inspire esforços de colaboração para aproveitar o potencial da migração como motor do desenvolvimento humano e da prosperidade global”, afirmou a diretora-geral da OIM, Amy Pope, no lançamento do documento anual.


O valor das remessas internacionais dos migrantes aumentou mais de 500% entre 2000 e 2022. De acordo com um relatório divulgado esta terça-feira pela Organização Internacional para as Migrações (OIM), o valor passou de 118 mil milhões para 771 mil milhões de euros.

A conclusão é o destaque do Relatório Mundial sobre a Migração de 2024, lançado esta terça-feira pela organização, que sublinha que as remessas já ultrapassam o investimento direto estrangeiro nos países de baixo e médio rendimento.

O documento anual da OIM sublinha que o valor das remessas de migrantes tem continuado a crescer “apesar das previsões de muitos analistas de que diminuiria substancialmente devido à Covid-19”. Do dinheiro total enviado pelos migrantes para casa, cerca de 600 mil milhões de euros foram recebidos por países de baixo e médio rendimento, constituindo “um motor do desenvolvimento humano”.

A agência das ONU para as migrações lembra ainda que estes são valores compilados pelo Banco Mundial, pelo que não incluem o dinheiro enviado por canais informais.

No relatório, a agência refere que as remessas internacionais recuperaram da queda de 2020, devido à pandemia da Covid-19, passando de 665 mil milhões de euros em 2020 para 734 mil milhões em 2021. Em 2022 cresceram mais de 5% em 2022, para os 771 mil milhões de euros.

A subida anual nos países de baixo e médio rendimento foi superior a esta média, atingindo os 8% e somando, em 2022, 600 mil milhões de euros. Naquele ano, o último de que há dados completos, Índia, México, China, Filipinas e França foram os cinco principais países destinatários de remessas.

Relativamente aos países de onde os migrantes enviam mais dinheiro, a lista é sempre liderada por países de rendimento elevado. “Durante as últimas décadas, os Estados Unidos da América têm sido consistentemente o país que mais envia remessas para todo o mundo, com uma saída total de 73,5 mil milhões de euros em 2022”, avança a agência da ONU no relatório anual.

“Esperamos que o relatório inspire esforços de colaboração para aproveitar o potencial da migração como motor do desenvolvimento humano e da prosperidade global”, afirmou a diretora-geral da OIM, Amy Pope, no lançamento do documento anual.