A Praia de Supertubos, em Peniche, recebe a elite do surf no Meo Rip Curl Pro Portugal. É a única prova do World Surf League (WSL) que se realiza na Europa, o período de espera começa hoje e prolonga-se até 16 de março. Antes do evento começar ficou a saber-se que a Meo e a WSL renovaram o contrato por mais dois anos, com um terceiro de opção, “esperamos que Portugal se mantenha como um dos principais países de surf do mundo”, referiu Francisco Spínola, diretor geral da WSL para a Europa, África e Médio Oriente, que frisou “o nosso objetivo é ter os melhores surfistas do mundo numa das melhores ondas do mundo”.
A onda rainha de Peniche com mais de três metros de altura é conhecida por Supertubos ou pipeline europeu devido à semelhança com a onda pipeline do Hawai. As ondas são grandes, poderosas e proporcionam extensos tubos a velocidades incríveis. É um verdadeiro desafio para os participantes, não admira que, desde 2009, tenham passado por esta praia os melhores surfistas do mundo. O atual líder do ranking mundial, John John Florence, considerou que “esta prova é muito excitante e difícil. As ondas são incríveis e o apoio das pessoas também. A onda tem muita energia, faz-me lembrar um pouco o Havai, é um dos melhores beach breaks que existe. As ondas podem ser um sonho ou um pesadelo”, frisou o havaiano. Kanoa Igarashi, sexto do WSL, foi mais longe ao afirmar “Portugal tem as melhores ondas do mundo. Não sou só eu que digo isso, há muitos surfistas a dizer o mesmo. Todos querem competir em Peniche, pois tem uma grande variedade de ondas e podem fazer tubos ou aéreos”, salientou o japonês num português perfeito.
A temporada da World Surf League (WSL) começou com duas provas no Havai, com 36 surfistas no quadro masculino e 18 no feminino. Faltam três etapas para o corte a meio da época que vai apurar os 22 melhores do quadro masculino e as 12 melhores mulheres. Não está a ser um ano fácil para Frederico Morais, que ocupa o 22.º posto do Championship Tour; foi 17.º lugar no Lexus Pipe Pro e 9.º no Pro Sunset Beach. Kikas vai competir pela nona vez em Peniche e espera conseguir uma pontuação que o mantenha acima do “cut” de meio da época. “É um orgulho estar no WSL e um gosto especial competir nesta prova, quando corro para a água vou arrepiado”, confidenciou. “Quero dar o meu melhor e representar Portugal ao mais alto nível. Sei que vou dar tudo o que tenho, mas às vezes as coisas não correm como desejamos”, disse o melhor surfista português da atualidade.
Os jovens Joaquim Chaves e Francisca Veselko vão participar por terem recebido um wild-card da organização. O campeão nacional de surf mostrou-se muito satisfeito por estar entre os melhores do mundo “competir no Championship Tour é um dos momentos mais importantes da minha carreira. Vou surfar com pessoas que continuo a idolatrar e vou tentar aproveitar ao máximo”, referiu Joaquim Chaves. Para Francisca Veselko “é um sentimento muito bom estar aqui, desde os nove anos que penso competir ao mais alto nível. É uma grande oportunidade e um desafio”, disse a campeã nacional de surf.