Greve dos guardas prisionais obrigou a adiar mais de 90% dos julgamentos

Greve dos guardas prisionais obrigou a adiar mais de 90% dos julgamentos


Os guardas estão em greve desde 13 de fevereiro.


O Sindicato Nacional da Guarda Prisional (SNCGP) anunciou, esta terça-feira, que a greve dos guardas prisionais já levou ao adiamento de mais de mil julgamentos e de mais de 90% das sessões previstas.

 A adesão à greve dos guardas, que já decorre desde 13 de fevereiro, ronda esta terça-feira, os 100%, estando a causar impacto nos transportes dos reclusos.

Frederico Morais, dirigente do SNCGP, citado pela Lusa, explica que em duas semanas foram adiadas mais de mil sessões. “Estamos a falar do adiamento de cerca de 90% a 95% dos julgamentos”, reforçou.

O dirigente sindical sublinhou que, nos estabelecimentos prisionais de Lisboa e Porto, a adesão à greve acabou pro adiar todos os julgamentos.

Esta paralisação está também a ter impacto nas consultas médicas, apesar de os serviços mínimos obrigatórios estarem apenas assegurar 10% das consultas.

 Os guardas prisionais irão estar em greve até 09 de março, em luta pela “valorização e dignificação dos profissionais”, a “reestruturação de suplementos remuneratórios” e a “aprovação do sistema de avaliação de desempenho dos profissionais do corpo da guarda prisional já concluído”.

"A adesão tem a ver com a insatisfação do corpo da guarda prisional e com a falta de respostas do Governo. Estamos há duas semanas em greve e ninguém se dignou sequer a falar com o corpo da guarda prisional", acusou Frederico Morais.