O ano de 2024 vai ser marcado por um aumento generalizado de preços dos bens e serviços. Isto apesar da desaceleração da inflação, que em novembro se fixou nos 1,5%.
São várias as atualizações dos custos. Desde logo o preço da eletricidade, que vai subir 3,7% para as famílias que estão no mercado regulado. No mercado liberalizado as cerca de 20 empresas que operam em Portugal ainda não divulgaram os preços a praticar.
As rendas vão ser atualizadas em 6,94%, o valor mais alto desde 1994. Uma subida atenuada com o reforço do apoio aos inquilinos e a parcela das rendas a deduzir no IRS. No entanto, pode também suceder que não haja aumento, já que a atualização das rendas não é obrigatória e o senhorio pode optar por não o fazer.
O preço do pão vai voltar a subir no próximo ano face aos aumentos dos custos de produção. Além do preço das matérias-primas, os custos com os salários têm penalizado o setor, que assinala também dificuldade em contratar mão-de-obra.
A inflação que serve de referência à atualização anual das portagens aponta para um aumento de 1,94% em 2024. A este deve somar-se 0,1% que as concessionárias podem aplicar como compensação pelo limite à subida de preços imposta em 2023. Mas também haverá reduções de preços em lanços e sublanços de antigas SCUT no interior e Algarve.
No que diz respeito a transportes, a CP – Comboios de Portugal anunciou esta quinta-feira novos preços para 2024, com uma subida média de 6,25% nos bilhetes para o Alfa Pendular e o Celta e de 6,43% nos restantes. Já o valor das assinaturas e dos passes não sofre qualquer alteração.
Já os passes Navegante, para circular na Área Metropolitana de Lisboa (AML), vão manter o preço em 2024. Mas os bilhetes ocasionais do Metro, e da Carris, passarão a custar 1,80 euros a partir de 1 de janeiro. Até aqui custavam 1,65 euros, o que representa uma subida de 9%.
Nas telecomunicações, os três principais operadores – Meo (Altice Portugal), NOS e Vodafone Portugal – vão aumentar os preços no próximo ano, depois de há um mês o regulador Anacom ter pedido “contenção” na subida. No caso da Meo, de “acordo com as condições contratuais em vigor”. Na NOS e Vodafone a subida será com base do Índice de Preços no Consumidor (IPC).