Würth doa 50 milhões de euros à Fundação Champalimaud para investigação do cancro do pâncreas

Würth doa 50 milhões de euros à Fundação Champalimaud para investigação do cancro do pâncreas


Montante será repartido por 10 anos, entre 2023 e 2033


O Grupo Würth e a Fundação Würth anunciaram esta sexta-feira que disponibilizarão um total de 50 milhões de euros para financiar a investigação de combate ao cancro do pâncreas na Fundação Champalimaud. 

“O financiamento concedido pelo Grupo Würth e pela Fundação Würth, sem fins lucrativos, destina-se a apoiar a investigação sobre o cancro do pâncreas”, lê-se em comunicado, que acrescenta que “este tipo de cancro continua a ser um dos mais mortais e, ao mesmo tempo, um dos menos investigados”.

Na mesma nota, a presidente da Fundação Champalimaud diz estar muito grata “pelo apoio do Grupo Würth e da Fundação Würth, sem fins lucrativos, uma vez que facilita muitos anos de investigação sobre o cancro”. Leonor Beleza acrescenta que “esta subvenção vai ajudar-nos a fazer novos progressos e a prestar melhores cuidados aos doentes com cancro do pâncreas em todo o mundo”. 

A doação, que vai financiar em exclusivo a investigação sobre o cancro do pâncreas, foi formalizada quinta-feira pela multinacional alemã Würth, especialista em materiais de construção, e o montante será repartido por 10 anos, entre 2023 e 2033. A investigação é dirigida pelo Prof. Dr. Markus W. Büchler, médico de renome mundial na área da investigação e cirurgia do cancro do pâncreas. 

Segundo Leonor Beleza, a nova doação possibilita “reforçar as equipas” que na Fundação Champalimaud se têm dedicado ao estudo da doença, “uma das mais perigosas e mais temidas”. Médicos e cientistas juniores e seniores trabalham em conjunto no centro de investigação para acelerar os avanços críticos na investigação e permitir édicos de todo o mundo derrotem esta doença perigosa.

“Ao contrário de muitas outras doenças, inclusive muitos outros cancros, praticamente tem sido muito reduzido o progresso que se tem feito para conhecer a doença e a controlar”, assinalou a presidente da Fundação Champalimaud, acrescentando que “é obrigação” da instituição “tratar as questões difíceis do ponto de vista científico”.

Para Leonor Beleza, doações como as que foram efetuadas à Champalimaud “são confirmações poderosas do acerto da escolha” que a fundação fez na área do cancro do pâncreas, uma vez que “meios a este nível são relativamente raros” na ciência.

Uma doação no mesmo montante, feita pelo casal espanhol Mauricio e Carlotta Botton, família proprietária da marca de iogurtes Danone, permitiu à Fundação Champalimaud construir o Centro Botton-Champalimaud para o Cancro do Pâncreas, inaugurado em 2021, tendo como fim a investigação e o tratamento de uma das doenças mais mortíferas.

A Fundação Champalimaud, criada em testamento pelo empresário António Champalimaud, desenvolve “programas avançados de investigação biomédica” e presta cuidados médicos nas áreas da oncologia e neuropsiquiatria.