Pode chegar ainda este ano o cheque-livro destinado aos residentes em Portugal com 18 anos, numa altura em que a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) e o Ministério da Cultura estão a trabalhar em conjunto para avançar com a medida ainda este ano.
"Não há detalhes ainda, mas há essa vontade, de que durante este ano se execute essa medida [criação do cheque-livro]. Estamos a trabalhar com o Ministério da Cultura para que seja executada este ano", disse, esta terça-feira, à agência Lusa o presidente da APEL, Pedro Sobral, acrescentando que tem havido "um diálogo muito franco e aberto com o Ministério da Cultura" e que tem havido "progressão" nessas conversações.
Esta medida foi revelada na apresentação da Feira do Livro de Lisboa, na semana passada, quando o responsável da APEL revelou estar a dialogar com o gabinete de Pedro Adão e Silva, para efetivar esse cheque-livro, afirmando que está a ocorrer um "movimento de novos leitores, na faixa dos 18 aos 30 anos, muito alavancado pelas redes sociais".
O Ministério da Cultura confirmou que "tem mantido diversas reuniões de trabalho com a APEL sobre o cheque-livro", revelou à Lusa.
Esta medida foi apresentada pela primeira vez no final do segundo confinamento, como uma das formas que combater as graves perdas que o setor livreiro sofreu em consequência da pandemia e tinha como objetivo criar um cheque-livro a ser atribuído a cada cidadão que more em Portugal e que faça 18 anos, no valor de "100 euros para a compra de livros nas livrarias de Portugal".