O PCP considerou que as decisões do Governo na sequência do relatório da IGF sobre a TAP eram "uma inevitabilidade" e que é preciso saber se há outros casos como o de Alexandra Reis.
"Estávamos perante uma prática verdadeiramente inaceitável, perante uma ilegalidade que tinha de ter uma consequência", afirmou o deputado comunista Bruno Dias.
Para o PCP, fica ainda por esclarecer "quantas Alexandras Reis mais poderão existir", uma vez que o relatório da IGF apenas incide no caso em concreto da indemnização de 500 mil euros pago à ex-secretária de Estado.
Segundo Bruno Dias, esse tipo de indemnizações constitui "uma prática verdadeiramente inaceitável, que é marca da gestão privada que impuseram à TAP".
Nesse sentido, o PCP não vai desistir "de apurar e de ter o esclarecimento do conjunto dos factos e das explicações que a gestão privada teve na companhia, nomeadamente em situações como esta", mas vai também procurar saber como foi feita a privatização da TAP em 2015.
"Queremos saber todo o conjunto de opções estratégicas, profundamente lesivas, penalizadoras para a TAP e para o interesse nacional, que foram levadas a cabo ao longo destes anos", referiu.