A família do escritor chileno Luis Sepúlveda, que morreu em 2020, decidiu doar grande parte do espólio e acervo bibliográfico do autor ao município da Póvoa de Varzim.
O espólio é constituído por cerca de 3.700 livros e muitos objetos pessoais de Luis Sepúlveda, que serão integrados na Casa Manuel Lopes, onde será replicado, ao detalhe, o escritório do escritor chileno.
"Estamos a fazer a recuperação da casa Manuel Lopes, antigo bibliotecário da cidade, e vamos dedicar um dos pisos à memória do Luis Sepúlveda. Será também um centro de pesquisa para todos os que possam estar interessados em explorar a obra dele o possam visitar e estudar", revelou o presidente da Câmara da Póvoa de Varzim, na abertura do Correntes d'Escritas, festival que contou várias vezes coma presença do autor.
"É o reconhecimento do amor que o Luis Sepúlveda tinha pela Póvoa de Varzim. Partiu em circunstâncias trágicas na altura da pandemia, mas sempre disse que queria ficar ligado à Povoa de Varzim. É com enorme prazer que recebemos as suas memórias", acrescentou o autarca.
"Na Póvoa, o Luis encontrou um lugar literário, onde todos os mundos formavam apenas um. Nada mais lógico e justo que dar casa à sua memória nesta cidade, aberta à liberdade", disse Cármen Yáñez, viúva do escritor.