Portugueses com dupla nacionalidade a viver na Rússia podem ser recrutados para guerra na Ucrânia

Portugueses com dupla nacionalidade a viver na Rússia podem ser recrutados para guerra na Ucrânia


Na semana passada, o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou a mobilização de 300 mil pessoas para o exército russo na Ucrânia, resultando na fuga de um grande número de homens em idade militar, que se recusam a lutar.


Os cidadãos portugueses que tenham dupla nacionalidade russa e que estejam a viver nesse país poderão ser chamados a combater na guerra na Ucrânia. O aviso vem da parte do Portal das Comunidades Portuguesas, que está sob tutela do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

"A 21 de setembro de 2022, as autoridades russas decretaram uma mobilização militar, com efeitos imediatos. Alerta-se que os duplos nacionais luso-russos são considerados, pelas autoridades russas, apenas como cidadãos russos”, começou por dizer a entidade portuguesa numa nota que foi publicada no seu site oficial em 26 de setembro, esta segunda-feira.

Ou seja, “na eventualidade de serem mobilizados, não poderão solicitar proteção consular junto da Embaixada, invocando dupla nacionalidade, por esta não ser reconhecida na Rússia”, assinalou, ao notar que desde 21 de setembro que todas as saídas da Rússia por via terrestre e aérea estão “sobrecarregadas” e “sujeitas a controlo acrescido nas fronteiras”.

Tendo em conta este contexto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros recomendou reiteradamente que a população evite viagens à Rússia neste momento e “para que cidadãos nacionais que se encontram no país, por razões não essenciais, ponderem sair pelas alternativas disponíveis”.

Já hoje a Embaixada dos Estados Unidos na Rússia lançou um novo alerta de segurança para os cidadãos norte-americanos, ao pedir que abandonem o país imediatamente, ainda que os voos comerciais disponíveis para os EUA sejam escassos desde o início da invasão russa da Ucrânia.

Já a Polónia e a Bulgária também apelaram aos seus cidadãos que deixem a Rússia urgentemente, através dos meios de transporte possíveis.

Na semana passada, o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou a mobilização de 300 mil pessoas para o exército russo na Ucrânia, resultando na fuga de um grande número de homens russos em idade militar que se recusam a lutar. Estão a deixar o seu país para trás, caminhando em direção a países como Turquia, Geórgia, Arménia, Mongólia, Cazaquistão e Finlândia.

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