Afinal, a vida para os atletas nem sempre acaba aos 40

Afinal, a vida para os atletas nem sempre acaba aos 40


A idade é um dos fatores mais pesados na hora de um atleta profissional decidir pendurar as chuteiras, ou as luvas… mas nem sempre os 40 anos são premonitórios do seu fim.


Cristiano Ronaldo, o internacional português que conta cinco Bolas de Ouro no seu portefólio, é considerado por muitos como o melhor jogador de futebol do mundo, e apesar de ter abrandado o ritmo nos últimos anos, não há sinais de que o fim da sua carreira esteja, de todo, próximo. Isto numa altura em que o madeirense, que brilhou no Real Madrid, na Juventus e no Manchester United, conta 37 anos de idade.

CR7 é só apenas um dos vários exemplos de atletas profissionais que, apesar de se acercarem à pesada barreira dos 40 anos de idade, não parecem estar dispostos a fechar, para já, a sua carreira profissional.

Que o diga Zlatan Ibrahimovic, que completará em outubro deste ano 41 voltas ao Sol, e que não parece estar ainda pronto para pendurar as chuteiras. Se é certo que o internacional sueco do AC Milan sofreu uma grave lesão no joelho que, para muitos, foi uma sentença final na sua carreira, Ibrahimovic – conhecido pelo seu estilo ousado – tem outros planos.

O internacional publicou recentemente um vídeo nas redes sociais, onde surge numa piscina a realizar exercícios para fortalecer a zona afetada pela operação ao joelho de maio deste ano, que o deverá manter fora dos relvados, pelo menos, até 2023. “Dia a dia” pode-se ler na publicação de Ibrahimovic, mostrando a sua vontade de continuar a jogar sob os holofotes das principais ligas europeias de futebol.

De Itália vem também outro atleta ‘sénior’ que, para já, não parece ter intenção nenhuma de pendurar… as luvas, neste caso. Trata-se de Gianluigi Buffon, o mítico guarda-redes da seleção nacional italiana, que serviu a Juventus durante praticamente 20 anos, e que, aos 44 anos de idade, é o protetor oficial da baliza do Parma.

Buffon venceu o prémio de Melhor Guarda-Redes da Série A italiana em 12 ocasiões, a última delas em 2017, quando já rondava os 40 anos de idade. É, aliás, o jogador com mais presenças na principal divisão do futebol italiano: 657, aos quais se somam 176 jogos com o emblema nacional italiano ao peito.

Para já, vai cumprir a 27.ª temporada da sua carreira, com o emblema do Parma ao peito, clube da segunda divisão italiana com o qual tem contrato até 2024, o que significa que o guarda-redes poderá jogar, pelo menos, até aos 46 anos de idade.

Foi precisamente no Parma que Buffon iniciou a sua carreira profissional. Corria o ano de 1995, e o guarda-redes natural de Carrara, na Toscana, tinha apenas 17 anos de idade.

Carmona na liderança As carreiras de CR7, Ibrahimovic e Buffon não se aproximam, no entanto, do recorde mundial do Guinness do jogador de futebol mais velho. Essa pertence ao uruguaio Robert Carmona, que, é certo, não joga nas ligas mais competitivas do mundo, mas aos 60 anos não pensa em reformar-se, depois de 45 anos de carreira. Um jogador que é muito mais velho que os seus colegas de equipa e, por vezes, até do que o próprio treinador.