Arrendamento. Preços continuam a subir, Lisboa é cidade mais cara

Arrendamento. Preços continuam a subir, Lisboa é cidade mais cara


Valores do arrendamento e de venda continuam a crescer em Portugal como revelam o idealista e o Imovirtual. Lisboa continua a ser a cidade e o distrito mais caros para arrendar ou comprar mas não foi a zona que deu o maior salto de abril para maio.


Que os preços das casas têm vindo a crescer um pouco por todo o país, não é novidade. E se o aumento dos valores acontece na venda, no arrendamento esta tendência repete-se. Segundo os mais recentes dados do idealista, os preços das casas para arrendar em Portugal registaram um crescimento de 1,2% em maio face ao mês anterior. Segundo o índice de preços, arrendar casa tinha um custo de 11,2 euros por metro quadrado no final do mês de maio deste ano, tendo em conta o valor mediano. Já em relação à variação trimestral, a subida foi de 2,6% e a anual de 1,7%.

Por capitais de distrito, o preço de arrendamento no mês em análise subiu em seis. A lista é liderada pelo Funchal (5,3%). Seguem-se Aveiro (4,3%), Lisboa (2%), Porto (1,4%), Santarém (1,3%) e Leiria (1%).

Em sentido contrário, os preços desceram em Viseu (-9,5%), Coimbra (-4,5%), Ponta Delgada (-2,1%), Braga (-2%), Viana do Castelo (-1,7%), Faro (-0,6%) e Setúbal (-0,6%).

Apesar de não ter sido a cidade que mais subiu face ao mês anterior, Lisboa continua a ser o local onde é preciso investir mais na altura de arrendar casa: 14,2 euros por metro quadrado. O segundo e terceiro lugares são ocupados por Porto (11,1 euros por metro quadrado) e Funchal (10,3 euros por metro quadrado). Seguem-se Faro (9 euros por metro quadrado), Aveiro (8,6 euros por metro quadrado), Setúbal (8,5 euros por metro quadrado), Coimbra (7,5 euros por metro quadrado) e Ponta Delgada (6,8 euros por metro quadrado).

Do outro lado, as cidades mais económicas são Viseu (5,1 euros por metro quadrado), Santarém (5,6 euros por metro quadrado), Viana do Castelo (6,1 euros por metro quadrado), Leiria (6,4 euros por metro quadrado) e Braga (6,5 euros por metro quadrado).

Fazendo as médias aos distritos, os preços das casas para arrendar desceram em Viana do Castelo (-3,5%), Coimbra (-2,95), Braga (-1,9%), Viseu (-0,6%), Aveiro (-0,3%) e Porto (-0,1%).

Já as subidas foram registadas em Faro (3,9%), Santarém (3,2%), Vila Real (3%), Castelo Branco (2,5%), Ilha da Madeira (2,4%), Ilha de São Miguel (1,9%), Lisboa (1,8%), Leiria (0,9%) e Setúbal (0,7%).

O idealista avança ainda que o ranking dos distritos mais caros para arrendar casa é liderado por Lisboa (13,4 euros por metro quadrado), seguido por Faro (10,9 euros por metro quadrado), Porto (9,9 euros por metro quadrado), Ilha da Madeira (9,7 euros por metro quadrado) e Setúbal (9,1 euros por metro quadrado).

Os preços mais económicos encontram-se em Vila Real (4,4 euros por metro quadrado), Viseu (5,1 euros por metro quadrado), Castelo Branco (5,5 euros por metro quadrado) e Santarém (5,7 euros por metro quadrado).

 

Outros dados

Já o Imovirtual não tem dúvidas: “Após relativa estabilização do preço médio de rendas desde junho de 2021 até março de 2022, com aumentos progressivos, mas ligeiros, as rendas registaram aumentos mais substanciais nos últimos dois meses, fixando-se agora em 1362 euros”.

Assim, o mais recente barómetro mostra que, no que diz respeito ao arrendamento, o valor dos imóveis para arrendar cresceu 6,9% em maio. Feitas as contas, as rendas médias, que eram de 1274 euros em abril, passaram para 1362 euros em maio. O aumento é ainda mais acentuado se for feita a comparação com maio do ano anterior, altura em que a renda média nacional era de 1017 euros, o que representa um crescimento de 33,9%.

Com base nos anúncios do Imovirtual, Santarém é o distrito com o maior aumento do valor médio de renda face a abril (+23,4%), passando de 658 euros para 812 euros. Mas este crescimento é também “significativo” em Beja (+20%), onde sobe de 500 euros para 600 euros, e em Faro (+15,4%), onde sobre de 1241 euros para 1432 euros.

Já as maiores quebras no valor da renda foram registadas em Évora (-13,9%) e Guarda (-8,3%). Aqui, as rendas agora a fixam-se em 890 euros e 550 euros, respetivamente.

Face a maio do ano passado é Faro que regista o maior aumento do preço de renda (+73,4%), subindo de 826 euros para 1432 euros. Com aumentos substanciais face a 2021 surgem também Viseu (+64,7%, passando de 484 euros para 797 euros) e Bragança (+63,9%, passando de 366 euros para 600 euros).

Já o distrito com maior quebra do preço de renda face a maio de 2021 volta a ser Portalegre (-7,6%), descendo de 382 euros para 353 euros.

Portalegre é o distrito mais barato em maio para arrendar casa em Portugal. Os mais caros são Lisboa (1619 euros), Faro (1432 euros) e Porto (1334 euros).

 

E a venda?

No que diz respeito à venda, o Imovirtual revela que também aqui os preços aumentaram mas ligeiramente (+1,2%), subindo de 391465 euros para 395 984 euros. Comparando com o mesmo período do ano anterior, quando o valor médio dos imóveis era de 362 201 euros, há um aumento de +8%. “O valor tem vindo a aumentar progressivamente desde o início do ano passado”, garante o Imovirtual.

Neste mês, foi a Região Autónoma da Madeira que registou o maior aumento do preço médio face ao mês anterior (+4,8%), subindo de 410804 euros para 430419 euros. Faro (+2,6%), Santarém (+2,5%), Setúbal e Leiria (+2,4% em ambos os casos) seguem-se como os distritos com maior aumento dos preços.

A maior quebra vai para Bragança (-11,3%) e Beja (-4%) fixando-se agora em 194 076 euros e 136 722 euros, respetivamente.

Mas em relação ao período homólogo, Setúbal é o distrito com maior aumento do preço médio de venda, que aumenta +23,8%, subindo de 290 235 euros para 359 233 euros. Já Bragança é o distrito com a maior quebra do preço médio de venda face a maio do ano passado: passa de 217 465 euros para 194 076 euros, uma descida de -10,8%.

Os dados mostram que Guarda (111 010 euros) é o distrito mais barato para comprar casa em maio deste ano. Do lado contrário, os mais caros são Lisboa (640333 euros) e Faro (545363 euros).