Foi ontem, na sede do Partido Social-Democrata, formalizada a candidatura de Jorge Moreira da Silva à presidência do partido, que se decidirá nas próximos eleições diretas de 28 de maio, e a missão é clara: a Moção de Estratégia com que se apresenta a estas eleições quer unir o PSD e ver o partido vencer todas as eleições até 2026, desde as regionais dos Açores e da Madeira até às legislativas e às europeias, passando pelas autárquicas. Um projeto que pressupõe, no entanto, “o espírito de unidade no Partido, para o qual todos temos a obrigação de contribuir”.
O candidato e antigo vice-presidente do partido não esteve, no entanto, presente na formalização da candidatura, já que testou positivo à covid-19, mas a representá-lo esteve o seu coordenador de campanha, Miguel Goulão, que leu uma declaração. “Estou naturalmente disponível para debater na TV e nas rádios com a outra candidatura os nossos projetos, as nossas diferenças e naturalmente o que também nos une. Já respondemos positivamente a algumas das propostas enviadas para a nossa candidatura. Acredito que a outra candidatura fará o mesmo. Assim ganha o partido, ganham os militantes, mas sobretudo ganha o país”, defende o candidato, na declaração lida.
“Na casa do PSD não cabem racistas, xenófobos e populistas”, refere ainda o texto, a que o i teve acesso, numa mensagem que tem vindo a ser reiterada nas declarações de Moreira da Silva face aos seus projetos para o PSD. “Estou na vida política há mais de 30 anos. Procuro orientar-me, sempre, por um quadro de valores e de princípios – integridade, transparência, independência, respeito, trabalho, justiça – e não pela leitura conjuntural das circunstâncias. Não vivo a política como um vício ou um jogo e encaro-a como um serviço à comunidade”, refere ainda o candidato.