A partir do jardim do Morro, em Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, o Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) lançou a campanha nacional “SOS Natureza”, que procura alertar altas figuras políticas sobre os problemas ambientais que o país e o mundo enfrentam. O arranque da campanha deu-se com a distribuição de postais dirigidos ao primeiro-ministro, António Costa, bem como a António Guterres, responsável máximo das Nações Unidas. A ação, no entanto, vai estender-se até dezembro, altura em que o PEV celebrará 40 anos de existência.
A missiva é clara sobre os objetivos do partido com esta campanha: Mais ação por parte de António Costa, e mais pressão de António Guterres para “travar projetos destrutivos dos habitats e da biodiversidade, como a exploração do lítio, o olival e amendoal intensivos, as estufas intensivas, construções em zonas sensíveis ou nas dunas, ou cortes excessivos de floresta autóctone, entre outros”. Junto ao tabuleiro da Ponte Luís I, alguns dirigentes do partido ecologista estiveram a interagir com a população, convidando os transeuntes a assinar os postais para Costa e Guterres, em que se pede ainda “que se reverta a municipalização das áreas protegidas em curso e que se promova o restauro dos ecossistemas”.
O PEV, recorde-se, perdeu a presença parlamentar após as últimas eleições legislativas, mas isso não o faz deixar de querer “atenção para estas questões, para se poder fazer um caminho diferente do que se está a fazer”. Citada pela agência Lusa, a deputada Mariana Silva lamentou: “Além de sabermos que as pessoas estão muito atentas à questão das alterações climáticas e de mitigação [dos seus efeitos], o que se vê dos planos inscritos no papel, depois não se vê na prática quanto estes projetos surgem.”
A campanha prevê também a colocação de bandeiras negras em “40 locais em que há um ponto negro ambiental”.