Uma mulher, de 29 anos, conhecida nos Estados Unido por ter vencido a 20.ª temporada do programa ‘Worst Cooks in America’, da Food Network, é suspeita do homicídio de uma criança que planeava adotar.
De acordo com a imprensa internacional, a mulher, Ariel Robinson, e o marido, Jerry Robinson, de 34 anos, enfrentam acusações de homicídio e abuso infantil. O caso, ocorrido no início do ano, voltou agora a ser noticiado depois de ser conhecido que o tribunal pediu uma amostra de ADN a Ariel Robinson no passado mês de novembro, o que pode servir para provar o crime.
A menina, Victoria Smith de apenas três anos, tinha sido encontrada inconsciente na casa do casal, em Simpsonville, na Carolina do Sul, a 14 de janeiro, tendo sido os próprios a chamar os serviços de emergência. A criança viria a morrer mais tarde numa unidade hospitalar.
Um relatório da autópsia revelou que a criança morreu na sequência de múltiplos traumatismos. Além disso, apresentava hematomas no abdómen, costas, orelhas, pernas e escoriações no rosto.
Antes da morte da criança, Ariel Robinson tinha utilizado as redes sociais para revelar que estava a adotar Ariel e os seus dois irmãos. O casal deveria finalizar a adoção, poucos dias antes de ambos serem detidos.
Às autoridades, a mulher alegou que Victoria tinha vomitado na noite antes de morrer, mas que não tinha tido outras queixas. Na manhã seguinte, a suspeita disse ainda que a criança tinha comido panquecas, bebido muita água, tendo depois acabado por se queixar de dores no estômago. A mulher disse que deu à criança um cobertor, mas que Victoria “ficou mole”. Foi então que garantiu ter realizado a manobra de Heimlich na criança, enquanto o marido ligava para o número de emergência.
Contudo, os socorristas estranharam os vários hematomas na criança, o que na altura Ariel disse terem sido resultado das manobras de reanimação que tinha realizado. Pressionada, disse que, afinal, na causa dos hematomas estavam os “problemas de raiva” do filho mais novo. Uma tese que caiu por terra quando os investigadores foram à escola da criança, onde o rapaz foi descrito como “uma criança feliz” e sem sinais de “abuso físico” contra os outros.
Já o marido de Ariel garantiu à justiça que nunca tinha magoado Victoria, mas confessou que a mulher a “espancava”, incluindo com um cinto. O homem alegou ainda que Ariel bateu na criança com um cinto no dia em que esta morreu. Jerry alega que disse à mulher que esta tinha ido longe demais e que, depois de colocarem Victoria no banho, foi comprar medicamentos. Os procuradores confirmaram, através de um vídeo das câmaras de segurança, que Jerry efetuou mesmo essa compra.
O homem foi libertado sob fiança no início deste ano, mas Ariel continua detida. A data do julgamento não é ainda conhecida.