Pelo menos 13 detidos em protesto contra restrições nos Países Baixos

Pelo menos 13 detidos em protesto contra restrições nos Países Baixos


Segundo as informações fornecidas hoje pela polícia dos Países Baixos, um total de 13 pessoas foram presas por “insultar e atirar pedras e engenhos pirotécnicos contra os agentes, entre outras coisas”, durante uma manifestação não autorizada perto do gabinete do primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, em Haia.


Pelo menos 13 pessoas foram detidas por arremessar pedras e atacar polícias num protesto durante e após a conferência de imprensa do primeiro-ministro holandês, que anunciou na terça-feira à noite um conjunto de restrições para combater o novo coronavírus.

Segundo as informações fornecidas hoje pela polícia dos Países Baixos, um total de 13 pessoas foram presas por "insultar e atirar pedras e engenhos pirotécnicos contra os agentes, entre outras coisas", durante uma manifestação não autorizada perto do gabinete do primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, em Haia.

Os manifestantes protestavam contra as novas medidas de combate ao novo coronavírus no país.

Numa altura em que o número de novas infeções está a aumentar a pressão sobre os hospitais holandeses, o Governo decidiu reintroduzir várias medidas que já tinham sido descontinuadas, como a regra do distanciamento de um metro e meio e alargar a locais como museus e esplanadas a exigência de apresentação do certificado sanitário.

As novas medidas foram anunciadas pelo primeiro-ministro numa conferência de imprensa transmitida pela televisão na noite de terça-feira, em que Mark Rutte aconselhou as pessoas a privilegiarem o teletrabalho e a evitarem a utilização dos transportes públicos sobretudo nas horas de maior afluência.

"Ninguém vai ficar surpreendido que tenhamos uma mensagem difícil [para transmitir]. O número de infeções e de internamentos hospitalares está a aumentar muito rapidamente", precisou o primeiro-ministro holandês na terça-feira, sinalizando que as medidas entram em vigor a partir do próximo sábado.

A maioria das medidas de distanciamento social tinham sido retiradas em setembro, mas o ritmo de novos casos atingiu na semana passada o nível mais alto desde julho.

Esta situação já está a refletir-se na prestação de cuidados de saúde, com os hospitais a reduzirem o atendimento regular para abrirem mais espaço para os doentes covid-19.

Durante uma sessão de informação no Parlamento holandês, Ernst Kuipers, presidente da rede nacional de cuidados intensivos, alertou hoje que, se a atual pressão hospitalar continuar, até ao final deste mês haverá 500 pacientes covid-19 nos cuidados intensivos, lamentando que esta pressão seja "completamente igual à do ano passado".

As autoridades de saúde referiram que, na terça-feira, foram registados 54 mil casos positivos nos últimos sete dias, um aumento de 39,3% em relação à semana anterior.

Pelo menos 81,7% da população com mais de 12 anos de idade nos Países Baixos já recebeu as duas doses da vacina e estima-se que cerca de 1,8 milhão de pessoas se recusam a ser vacinadas por diferentes motivos.

Na próxima semana, o Governo decidirá se amplia a exigência de apresentação do certificado sanitário — prova de vacinação completa ou teste negativo à covid-19 — nos locais de trabalho.

Com 17 milhões de habitantes, os Países Baixos registaram até agora 18.441 mortes por covid-19. A toma de uma dose de reforço da vacina é aconselhada a todas as pessoas com mais e 60 anos.

A covid-19 provocou pelo menos 5.003.717 mortes em todo o mundo, entre mais de 247,03 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.