Agora, é imprescindível a actuação da Sociedade Civil!


Os aumentos estão associados a medidas exageradas de política ambiental e, como me parece, à forma como a energia produzida é vendida.


A instabilidade política que se vive atualmente no país só é possível devido à baixa qualidade da classe política que nos governa. A sociedade civil tem que atuar para que se ponha cobro a situações deste tipo, com consequências muitíssimo nefastas para os portugueses.

A classe política que nos governa não consegue compreender o impacto que as Pequenas, Médias e Grandes Empresas têm no desenvolvimento económico do país, se compreendesse teria elaborado um PRR mais concentrado na actividade do Sector Privado. Agora, não é a altura de mexer na legislação laboral e não devemos aceitar que sejam tomadas decisões fora do debate em sede de Concertação Social. É imperioso voltar a trabalhar para melhorar a competitividade internacional da nossa economia, para proteger os nossos níveis de salários e de reformas.

A classe política tem presentemente um enorme desafio, conter os aumentos desmedidos dos custos de energia, em particular os da electricidade, que estão a afectar gravemente importantíssimos Empregadores. Os aumentos estão associados a medidas exageradas de política ambiental e, como me parece, à forma como a energia produzida é vendida. Sobre este assunto assisti a recentes afirmações de políticos europeus afirmando que a razão do aumento do preço da eletricidade é o aumento dos custos do gás natural. Afirmações que considero muito estranhas, pois o preço da electricidade tem sido mais do que 7 vezes o preço de há um ano (de 40 €/MWh para 300 €/MWh!), em países e em horas em que o peso da produção com origem no gás natural era de apenas 6% do total da produção elétrica, sendo a produção com origem em carvão ainda mais diminuta. Considero a situação verdadeiramente bizarra e que não é para ser muito comentada por um engenheiro como eu, mas por advogados especialistas em Direito da Concorrência, já que o aumento que se tem verificado no preço do gás e a aplicação das taxas de carbono, em nada afectam o custo da produção da larga maioria das restantes fontes de geração de electricidade!

A classe política que nos governa está a usar de uma arrogância extrema que os cidadãos deste país não podem permitir por ser inimiga do imprescindível trabalho em equipa e, também, porque só a usa quem sabe que tem muitas debilidades a esconder.

A classe política que nos governa não compreende ainda que o futuro da nossa Sociedade está assente no Sistema Educativo e o nosso é, infelizmente, gerido, há muitos anos, por pessoas afectas à esquerda radical. Assim, os alunos não são ensinados sobre teorias de Economia Social de Mercado, nem sobre vantagens dos princípios de Liberdade Económica.

Reafirmo, a crucial importância de termos um Sistema de Justiça mais célere e conseguirmos diminuir os níveis de corrupção no país, problemas que os nossos políticos só atacarão quando a Sociedade Civil o impuser.

Para atingirmos os objectivos que nos propomos, necessitamos de implementar um novo tipo de relacionamento entre a Sociedade Civil e a classe política, começando pela imprescindível Reforma da Lei Eleitoral para a Assembleia da República, tal como a Constituição já permite desde 1997! É fundamental que um número elevado de Deputados seja escolhido pelo voto directo dos eleitores em Círculos Uninominais, em que é eleito o Deputado mais votado.

O ex-deputado da Nação José Ribeiro e Castro apresentou, recentemente, mais um trabalho notável. Um estudo com a distribuição dos 105 Círculos Uninominais pelo país, no seguimento de uma proposta de Assembleia da República com 229 Deputados, objecto do nosso “Manifesto: Por uma Democracia de Qualidade”. O importantíssimo documento com a distribuição dos círculos uninominais pode ser consultado em:

https://drive.google.com/file/d/1B7na_xS5ixqPQUqcHkjPuhu_NqXK53cj/view ou solicitado através do email: porumademocraciadequalidade@gmail.com

Os portugueses têm a importante missão de apoiar e de lutar para que esta Reforma seja rapidamente implementada!

Empresário e Gestor de Empresas

Subscritor do “Manifesto: Por uma Democracia de Qualidade”