Luís Filipe Vieira só será ouvido pelo juiz Carlos Alexandre no sábado

Luís Filipe Vieira só será ouvido pelo juiz Carlos Alexandre no sábado


Detidos no âmbito da operação Cartão vermelho vão passar terceira noite nas instalações do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa, em Moscavide. 


Luís Filipe Vieira já não vai ser ouvido, esta sexta-feira, pelo juiz de instrução Carlos Alexandre, no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), em Lisboa. Esta informação começou por ser confirmada por Castanheira das Neves, advogado do empresário José António dos Santos, um dos quatro detidos no âmbito do processo Cartão Vermelho, e depois pelo advogado de Vieira, Magalhães e Silva.

Carlos Alexandre ouviu apenas três arguidos – José António dos Santos, conhecido como o ‘Rei dos Frangos’, Bruno Macedo, agente de futebol, e Tiago Vieira, filho de Vieira. Os trabalhos irão continuar amanhã, sábado, a partir das 09h00, para interrogatório do arguido que falta, Luís Filipe Vieira.

Segundo Magalhães e Silva, Luís Filipe Vieira irá falar perante o juiz. O advogado admitiu ainda que as medidas de coação possam ser conhecidas amanhã. 

Recorde-se que Vieira deveria ter sido o terceiro arguido a ser ouvido hoje, mas acabou por trocar de lugar com o filho. O advogado de Luís Filipe Vieira, Magalhães e Silva, negou que tivesse sido este a pedir para trocar de ordem com o filho e que esta terá sido uma decisão do juiz. 

Esta será a terceira noite dos detidos nas instalações do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa, em Moscavide. 

Recorde-se que de acordo com o Departamento Central de Investigação e Ação Penal estão em causa factos suscetíveis de configurar "crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento de capitais".

A operação está a ser coordenada pelo procurador da República Rosário Teixeira, pelo coordenador da delegação de Braga da IT, Paulo Silva, e pelo juiz Carlos Alexandre, o trio que há quase sete anos deteve o ex-primeiro ministro José Sócrates por suspeitas de corrupção passiva, evasão fiscal e branqueamento de capitais, no âmbito da Operação Marquês.

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