A chefe da diplomacia colombiana, Claudia Blum, apresentou hoje a demissão, numa altura em que o país está mergulhado numa das piores crises sociais e políticas dos últimos anos provocado por mais de duas semanas de protestos e manifestações.
"Através da presente, quero, da forma mais respeitosa, apresentar a Vossa Excelência [Presidente da Colômbia, Ivan Duque], a minha renúncia irrevogável ao cargo de ministra dos Negócios Estrangeiros da Colômbia, com efeitos imediatos", lê-se na carta de demissão de Blum, datada de terça-feira, mas hoje publicada na imprensa local.
Blum, que estava no cargo desde novembro de 2019, quando sucedeu a Carlos Holmes Trujillo, falecido em janeiro desse ano, não avançou as razões para a renúncia, demissão que estava a ser alvo de especulação na imprensa nacional da Colômbia desde o fim de semana passado.
"Tenho certeza de que, sob a sua liderança, o país seguirá no caminho do desenvolvimento sustentável, na recuperação social e económica dos efeitos da pandemia e na consolidação de consensos que ratifiquem a unidade e a força do nosso país", escreveu Blum na carta entregue a Duque.
Nas últimas duas semanas, o Ministério dos Negócios Estrangeiros colombiano tem enfrentado múltiplas críticas e chamadas de atenção por parte de várias organizações internacionais, da ONU e de numerosos países estrangeiros, tendo em conta as imagens da brutalidade policial que saltaram para as televisões de todo o mundo.